REGIÃO: Detido por suspeita de agir em ataques em Frutal, jovem é solto e passa a ser testemunha do caso
Empregado de um dos envolvidos em Franca, Leandro Vilella foi liberado pela PF na madrugada desta sexta (9). Ele disse que estava em festa de família na noite anterior aos crimes em Frutal (MG).
Depois de ser detido como um dos suspeitos de participação nos ataques a bancos de Frutal (MG) e na morte de uma comerciante, o pintor de carros Leandro Vilella, de Franca (SP), foi liberado e passará a ser considerado como testemunha nas investigações, segundo a Polícia Federal.
O jovem, um dos três presos após o cerco policial em Planura (MG), foi solto pela PF de Uberaba (MG) na madrugada desta sexta-feira (9) por falta de indícios de ligação com o caso, mas ainda será investigado.
Ele confirmou que há quatro meses trabalhava na oficina mecânica de Elton Cabral Leonel, um dos suspeitos presos, mas negou que tivesse conhecimento sobre o planejamento e a execução dos roubos.
No dia em que foi detido pela polícia, Vilella conta que o patrão havia ligado para ele dizendo que o carro dele havia quebrado e que, por esse motivo, tinha ido buscá-lo, sem saber do que estava acontecendo.
Ele afirma que em nenhum momento resistiu à ação policial e que não poderia ter participado da ação criminosa porque, na noite que antecedeu os assaltos, estava em uma festa de família em Franca.
“Se eu tivesse algum conhecimento eu nem teria estado lá no local. Foi na melhor das intenções, despreocupado. Tanto que em momento algum fui omisso com a investigação. Tudo que eles me pediram eu fiz exatamente da mesma forma ”
— Leandro Vilella
Além de Vilella, foram presos Elton Cabral Leonel, de Ribeirão Preto (SP), durante o cerco, e Fabrício Donizete, também de Ribeirão, localizado ao buscar socorro em um hospital.
Dois suspeitos de integrar a quadrilha, Éverton Luiz Camargo, de Ribeirão, e Jonathan Rocha da Silva, de Franca, morreram baleados no confronto com a PM, em Frutal.
Para a Polícia Civil, a mesma quadrilha dos assaltos em Frutal atacou tentou roubar a unidade da empresa de valores Brink’s, há menos de 15 dias, em Ribeirão.
‘Não tinha nenhum conhecimento’
O pintor de carros afirma que, após receber a ligação do patrão, na última quinta-feira (8) partiu em direção a Pirajuba (MG) sem desconfiar de nada.
“Ele ligou e disse que o veiculo dele havia estragado naquela região, se eu não poderia ir lá buscá-lo. Eu automaticamente disse que sim, pois não pensei que haveria qualquer tipo de problema.”
Vilella afirma que, à distância, já havia notado uma blitz na estrada, mas que mesmo assim prosseguiu, porque não tinha motivo para se esconder dos policiais.
“Eles mandaram que eu encostasse o veículo, encostei o veículo e me perguntaram o que eu estava fazendo ali naquela região. [Disse] que estava ali pra buscar meu patrão, que estava com carro quebrado lá e infelizmente o meu patrão era uma das pessoas que estava envolvida no esquema só que eu não tinha nenhum conhecimento sobre o problema que havia acontecido”, diz.
Vilella acabou detido por 17 horas. Depois de ser levado à delegacia, ele foi transferido para a Polícia Federal de Uberaba.
Nesse período, ele afirma que conseguiu explicar e confirmar com fotos aos agentes que, na noite que antecedeu os assaltos, tinha ido a um restaurante em Franca comemorar o aniversário da avó e não tinha como ter envolvimento no caso.
“Tirei fotos. Foram postadas essas fotos nas redes sociais. Era bem improvável eu estar lá e aqui ao mesmo tempo.”
Vilella diz que, durante os quatro meses em que trabalhou para a oficina do suspeito, nunca desconfiou de nada.
“Oficina sempre tem um fluxo muito grande de pessoas. A gente como profissional que atende o público no comércio não faz distinção de pessoas. Nunca foquei nessas pessoas que talvez frequentassem ou não a oficina. Da parte dele [Leonel], ele nunca teve nenhuma atitude que demonstrasse isso.”
Assaltos em Frutal
Segundo o boletim de ocorrência, era por volta de 1h25 quando militares viram, pelas câmeras do sistema “Olho Vivo”, um Gol prata passar três vezes na região bancária, no Centro de Frutal.
Em seguida, surgiram pela entrada da MG-255 duas caminhonetes Hilux e uma Amarok ocupadas por criminosos usando coletes à prova de balas e com capuz. Eram cerca de 15 homens fortemente armados com fuzis, pistolas e espingardas.
O grupo cercou a área e se posicionou de uma forma que os militares não se aproximassem. O objetivo deles, segundo a PM, era explodir os cofres das agências.
Os criminosos fizeram vários disparos para intimidar a polícia e arrombaram as portas de vidros do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal. Eles também danificaram várias câmeras de vigilâncias das agências e ainda danificaram três câmeras do sistema “Olho Vivo.
A PM de Frutal acionou reforço de policiamento de outras cidades e iniciou o combate à ação da quadrilha. Houve troca de tiros e dois criminosos foram baleados e morreram no local. O condutor de uma das caminhonetes Hilux fez manobra marcha à ré e fugiu pela MG-255.
Ainda durante a fuga, quatro indivíduos abordaram uma vítima, roubaram um GW Cobalt e seguiram sentido ao Bairro Princesa Isabel. Depois, eles abandonaram o veículo na Rua Silviano Brandão, que foi recuperado.
Em seguida, cinco criminosos foram até o Jardim do Bosque, onde abordaram uma comerciante de 42 anos. A mulher estava dentro da própria loja quando um dos autores atirou na porta de vidro e entrou pedindo a chave do Ford Fiesta dela.
Como a comerciante não encontrou a chave, o mesmo homem que atirou contra a porta atirou contra a mulher, que foi atingida no lado direito do tórax. A vítima foi socorrida e levada ao Hospital Frei Gabriel, mas não resistiu e morreu. O grupo fugiu levando o Ford Fiesta, que foi encontrado abandonado próximo à Bebedouro (SP).
Outro grupo de criminosos também roubou uma VW Saveiro. Eles trocaram tiros com os policiais e, ao fugirem em marcha à ré, bateram o veículo em uma árvore, desceram e correram a pé sentido ao Bairro Princesa Isabel II. A Saveiro foi recuperada.
Dentro da agência do Banco do Brasil e dentro de um dos veículos abandonados pelos criminosos foram encontrados vários explosivos. O Grupo Antibombas da Polícia Federal foi acionado e recolheu cerca de 45 kg de dinamite.
Uma adolescente de 17 anos foi atingida na perna por bala perdida e levada ao atendimento médico. Ela chegou a sair do Hospital Frei Gabriel pela manhã sem alta médica, mas retornou para atendimento no período da tarde, informou a assessoria do hospital.
Vidros das vitrines de algumas lojas próximas aos bancos ficaram estilhaçados ao serem atingidos durante a troca de tiros.
A Polícia Militar também informou que foram encontradas munições de fuzis, submetralhadoras, escopetas e pistolas, sendo que algumas dessas armas são de uso exclusivo das Forças Armadas.
Fonte: G1
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