BARRETOS: Acusado de matar motoboy a tiros após briga no trânsito irá a júri popular
Matheus Silva, de 21 anos, foi baleado ao se desentender com motociclista. Jovem atirador teve a prisão preventiva decretada, mas está foragido. Advogada alega legítima defesa.
A Justiça de Barretos (SP) decidiu que o jovem acusado de matar o motoboy Matheus Silva, de 21 anos, em novembro de 2018, irá a júri popular. Paulo Ricardo Tiedrick responde por homicídio duplamente qualificado. Ele está foragido desde maio deste ano, quando teve a prisão preventiva decretada.
Segundo o Ministério Público, o rapaz matou o motoboy após uma briga no trânsito. Além do motivo fútil, ele não deu à vítima a chance de defesa.
A advogada do acusado diz que ele agiu em legítima defesa. Pricila Zinato Demarchi entrou com um pedido de habeas corpus a favor do cliente.
A mãe de Matheus espera que o acusado da morte do filho seja preso. “Até agora, a gente está se agarrando à justiça divina. Eu sou a voz do meu filho. A todo momento estou em busca da justiça”, diz a dona de casa Nilza Cristina da Silva.
Morte após desentendimento
Pouco antes de ser morto, o motoboy enviou um áudio em um grupo de Whatsapp, relatando aos colegas de trabalho o desentendimento com o suspeito, no dia 5 de novembro.
A vítima disse que seguia pela Avenida Professor Roberto Frade Monte e que sinalizou a conversão para a Rua Três. Segundo o motoboy, o motociclista que estava atrás ignorou a seta e o xingou. Ele resolveu seguir o homem para tirar satisfação e os dois pararam em frente a um restaurante, onde discutiram.
Em um dos trechos, Matheus afirmou que Tiedrick entrou no estabelecimento e que os clientes alertaram o motoboy para ir embora.
“Ele entrou para dentro do restaurante pra pegar uma faca, não sei se foi faca que ele foi tentar pegar lá. Aí o povo do restaurante pegou ele e mandaram eu vazar. Eu montei na moto e saí correndo, vazado. Eu saí vazado, mas ele veio com essas ameaças. Agora eu quero saber quem é.”
Momentos após mandar o áudio, o motoboy foi baleado pelo suspeito, no cruzamento da Rua 26 com a Avenida Brigadeiro Eduardo Gomes, no bairro Jardim Fortaleza.
Câmeras de segurança registraram o momento em que Tiedrick parou a moto no meio da rua, sacou uma arma e atirou duas vezes na direção de Matheus. Caído no chão, o entregador ainda foi chutado antes de o atirador deixar o local. Ele foi socorrido, mas não resistiu.
Acusado foragido
Com um mandado de prisão temporária expedido, o suspeito se apresentou à polícia dois meses após o crime, mas não ficou preso. De acordo com a Polícia Civil, ele entregou a arma usada para matar Matheus. Na época, ele alegou que havia sido ameaçado de morte.
Em maio deste ano, a advogada Juliana Borcat, que representa a família de Matheus, recorreu ao Ministério Público e a Justiça determinou a prisão preventiva de Tiedrick.
“O próprio tempo que ele ficou foragido mostra que há risco para a aplicação da lei penal”, diz a advogada.
Nilza Cristina da Silva pede a prisão do assassino do filho, Matheus.
Reação desmedida
A defesa afirma que Tiedrick agiu em legítima defesa, porque estava sendo perseguido pela vítima. De acordo com Pricila, ele está foragido porque não concorda com a ordem de prisão, uma vez que colaborou com a investigação.
“O MP não requereu a prisão dele no curso do processo e durante sete meses ele vinha cumprindo as medidas cautelares que foram impostas, inclusive a permanência dele na residência em período noturno. A decretação da prisão foi feita de forma súbita, sem fatos novos que pudessem permitir a prisão.”
De acordo com a promotora Adriana Ribeiro Franco Morais, a reação do acusado foi desproporcional.
“Ele deixou o local onde houve a discussão, se armou com uma arma de fogo, perseguiu a vítima, efetuou o disparo de arma de fogo e ainda chutou a vítima que já estava ao solo. Fica evidente a desproporção, a hediondez, o crime que causou grande comoção na sociedade”, diz.
FONTE: G1
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