SAÚDE: OMS inclui todo o estado de São Paulo em área de risco de febre amarela
Organização Mundial da Saúde considera aumento da atividade do vírus no estado. Foram confirmadas 21 mortes pela doença em um ano.
Organização Mundial da Saúde (OMS) passou, nesta terça-feira (16), a considerar todo o estado de São Paulo como área de risco de febre amarela.
Segundo o secretariado da entidade, a decisão foi tomada “considerando o aumento da atividade do vírus” observado na região.
“Consequentemente, a vacinação contra a febre amarela é recomendada para viajantes estrangeiros que visitem qualquer área no estado de São Paulo”, diz a OMS, em comunicado.
A entidade reforça também que quem viaje para o estado adote medidas para evitar picadas de mosquitos, fique atento para os sintomas da doença e procure atendimento durante ou após a visita, em caso de suspeita da doença.
“A determinação de novas áreas consideradas de risco de transmissão de febre amarela é um processo contínuo, e atualizações serão fornecidas regularmente”, diz a OMS.
Mortes
A Secretaria Estadual da Saúde confirma 21 mortes por por febre amarela silvestre no estado desde janeiro de 2017, segundo dados divulgados no último dia 12. Até quinta-feira (11), o estado contabilizava 13 mortes de pessoas que contraíram o vírus.
Também foram confirmados 40 casos autóctones (quando a doença é contraída na própria cidade e não vem de pessoas que viajaram para regiões afetadas) de febre amarela silvestre no estado desde janeiro de 2017. Antes, 29 casos tinham sido confirmados. Não há casos de febre amarela urbana no Brasil desde 1942.
De acordo com o governo estadual, os locais de infecção que resultaram em morte ocorreram nos municípios de Américo Brasiliense, Amparo, Atibaia, Batatais, Itatiba, Jarinu, Mairiporã, Monte Alegre do Sul, Nazaré Paulista, Santa Lucia e São João da Boa Vista.
Vacinação antecipada
Nesta terça (16), o governador Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou que a vacinação fracionada contra a febre amarela em 54 municípios do estado será antecipada para o dia 29 de janeiro. Anteriormente, o governo havia anunciado que a aplicação das doses seria realizada a partir do dia 3 de fevereiro.
A meta é imunizar 6,5 milhões de pessoas – 2,5 milhões só na capital paulista. A dose fracionada tem tem 0,1 ml, enquanto que uma dose convencional tem 0,5 ml. A vacina permite a imunização por oito anos.
As seringas que serão usadas na campanha de vacinação contra a febre amarela com doses fracionadas já chegaram a São Paulo. Elas são menores e conseguem aplicar doses de 0,1 ml.
Desde o anuncio da vacinação fracionada e confirmação de novas mortes por febre amarela, os postos de saúde têm ficado lotados e com fila de horas de esperar para a imunização contra a doença com a dose convencional. Apesar da corrida aos postos, a Secretaria Estadual da Saúde diz que não há motivos para pânico.
Fonte: G1
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