REGIÃO: Família denuncia maus-tratos em casa de repouso
20 de janeiro de 2018 1731 Visualizações

REGIÃO: Família denuncia maus-tratos em casa de repouso

Além de falta de higiene e alimentação no local, idoso alega ter sigo agredido por cuidadores. 

A Polícia Civil investiga a denúncia de maus-tratos registrada contra a casa de repouso Reviver, sediada na rua Armando Tarozo, na Lagoinha, zona Leste de Ribeirão Preto. Profissionais da casa são acusados de agredir e dopar um idoso de 72 anos.

A denúncia foi registrada por Maria da Conceição Souza Silva, irmã da vítima, no último dia 15, na CPJ (Central de Polícia Judiciária). Maria relata que o irmão, Manoel Messias Silva, foi internado na clínica há sete meses pela ex-mulher.

Após descobrir a internação, ela, outros familiares e vizinhos tentaram visitá-lo, mas eram impedidos pelos funcionários da casa. “Não deixavam a gente entrar, falavam que precisava da autorização da ex-mulher para poder fazer uma visita”, relata.

Após meses de tentativas, na véspera de Natal, Maria conseguiu entrar na casa e encontrou o irmão, machucado e debilitado. “Eu o trouxe para minha casa e vi como ele estava machucado, mas o devolvi com medo de criar um problema judicial”.

Na semana seguinte, quando voltou para visitá-lo, não encontrou mais a clínica. “Tinham mudado de endereço e nem ficamos sabemos. Descobri o novo lugar dois dias depois e, apesar de a casa ser enorme, não tinha espaço para os idosos”.

Maria relata que a casa só oferece dois banheiros, e um deles está com a privada entupida.

A irmã também alega que, além da falta de higiene, falta comida para os idosos. “Levei alguns morangos e pedi para uma cuidadora lavar, ela respondeu que não e nem me deixou entrar na cozinha. Outra funcionária os limpou e os velhinhos de andador e bengala correram para cima deles, parecia que nunca tinha visto frutas na vida”, alega a mulher.

Messias também relatou que era agredido na hora do banho. “Batiam em mim com tudo quanto é coisa, quando eu pedia para ir embora. Lá a coisa é triste, só eu e Deus sabemos o que passei”, lamenta.

Maria relata ter tirado o irmão da clínica no dia 10 de janeiro, depois de encontrar o homem dopado. “Ele estava praticamente morto e não tinha médico nem enfermeiro na clínica. Eu arrastei meu irmão para fora e tentaram retorná-lo para dentro. Consegui colocar ele no carro e fugi”, conta.

Um boletim de ocorrência de lesão corporal culposa e exposição a perigo a integridade e saúde foi registrado e agora, Conceição e Messias pedem que o lugar seja fechado. “Espero que ninguém mais vá para lá”, diz o idoso.

Fonte: acidadeon.com

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