REGIÃO: Casal é investigado por estupro de criança

Vítima é uma menina de 4 anos, acolhida por programa social

A Polícia Civil de Rio Preto investiga uma suspeita de estupro de vulnerável contra uma menina de 4 anos assistida pelo programa Acolhimento da Juventude e Infância Intermunicipal (Ajii). O caso foi registrado no Plantão Policial, nesta quarta-feira, 11. Um casal de empresários, morador de um condomínio de luxo no Residencial Jardins, que poderia ser os futuros pais adotivos da menina, é investigado como suspeito.

De acordo com o boletim de ocorrência, a criança e duas irmãs dela, uma de 6 e outra de 8 anos, estavam na casa do casal, no Gaivotas 2, desde o dia seis deste mês. Elas ficariam com a família até esta quarta-feira, 12, durante visita de aproximação. O procedimento faz parte dos primeiros passos para adoção.

Antes de terminar a estadia das crianças, elas foram devolvidas pelo casal no escritório da responsável administrativa da instituição filantrópica Mamãe Idalina, responsável pelo programa Ajii, na segunda-feira, 9. Ao entregar as meninas, o casal alegou que as mais velhas teriam machucado a menina mais nova. No entanto, relato das crianças contradisse a justificativa. “Sendo que as crianças () de seis anos e () de oito anos, que também participaram da mencionada visita de aproximação, relataram para a mãe social que o investigado é que teria dado o banho na criança vítima, sendo relatado também a violência de agressão física nas outras crianças irmãs (), tais como tapas, e de que ele as jogava com violência na cama”, afirma trecho do boletim.

Ferida, a criança de 4 anos foi encaminhada ao Hospital da Criança e Maternidade (HCM), onde a suspeita de estupro foi levantada por uma médica que atendeu a garota. Segundo nota encaminhada pela assessoria de imprensa do HCM, a criança foi atendida no final da tarde desta quarta-feira e só foi liberada às 7h desta quinta-feira. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil como estupro de vulnerável e maus-tratos.

Juiz da Vara da Infância e Juventude de Rio Preto, Evandro Pelarin afirmou que o procedimento de aproximação com a família foi suspenso. “Vamos aguardar o desfecho da investigação.” Segundo o juiz, as crianças são de outro município e foram acolhidas depois de um longo processo de abandono e negligência dos pais. A imprensa apurou que o pai biológico das crianças cumpre pena por tráfico de drogas e a mãe foi condenada, em maio, a um ano de prisão, em regime semiaberto, por furto. A reportagem tentou falar com a responsável pelo acolhimento das crianças, que é citada no boletim de ocorrência, mas foi informada de que ela não se pronunciaria.

Por telefone, o empresário que fez o acolhimento e é suspeito da agressão informou que também não falaria. “Procurei meu advogado, que me orientou a não falar”, disse. Já com a empresária que aparece no boletim também como investigada, o Diário não conseguiu contato.

Fonte: Diário da Região