REGIÃO: Avô acusa Casa de Acolhimento de expulsar netas de 10 e 12 anos
O caso aconteceu na terça-feira (6), quando o motorista de aplicativo Carlos Alexandre Pelicer Torres encontrou duas crianças na rua, sem a presença de nenhum adulto, e com várias sacolas e mochilas contendo pertences.
“Eu tinha acabado de fazer uma corrida e vi a mulher do Projeto abrindo o portão e deixando as meninas saírem. Elas não fugiram de maneira alguma. Ainda fiquei olhando pra ver se a moça chamava elas de volta, mas ela fechou o portão e entrou”, explica o motorista que testemunhou o fato.
O motorista se aproximou das duas crianças e perguntou se precisavam de ajuda, até que as meninas pediram para ele entrar em contato com o avô delas. Carlos ligou e levou as crianças até o avô que, no momento do ocorrido, estava no centro da cidade.
De acordo com Donizete Gomes de Andrade, avô das crianças, o Projeto Social onde elas viviam expulsou as meninas sem avisar nenhum responsável. “As minhas netas disseram que foram expulsas do Projeto, sem nenhum respaldo ou cuidado. O Projeto ainda acusa elas de terem fugido, mas isso não seria possível porque elas estavam com sacolas e mochilas e pesadas e o motorista do aplicativo viu o momento em que elas saíram pelo portão principal aberto por uma funcionária do projeto”, conta.
O avô registrou um boletim de ocorrência com o objetivo de que providências sejam tomadas. “Minha filha era dependente química e, por isso, eu procurei o Conselho Tutelar pra saber o que fazer, porque eu queria o melhor para as crianças. O Conselho me disse que iria ouvir as crianças e as avós e não que iria acolher elas no Projeto. Jamais eu esperava isso. Não vieram falar com a mãe, não vieram falar comigo e já tomaram as providências colocando as crianças no Projeto. Se eu soubesse, jamais permitiria que isso acontecesse”.
Segundo Donizete, as meninas também relataram que estão sofrendo maus-tratos. “Elas disseram que são obrigadas a acordar 5h da manhã e lavar as roupas tudo na mão. Elas são crianças. Isso é crime. A minha neta mais nova, a de 10 anos, tem um problema e faz xixi na cama e ela é obrigada a lavar na mão até a roupa de cama”, acusou.
Em uma entrevista exclusiva ao DHoje, o juiz da Vara da Infância e Juventude de Rio Preto, Evandro Pelarin, disse que é comum as crianças e adolescentes terem problemas de convívio com as “mães sociais” (leia-se Projeto Social).
“Se for comprovado que houve maus-tratos e abandono, é sim caracterizado como crime. Temos que aguardar a abertura do processo pelo Promotor Público, para que, no momento em que esse processo chegar até mim, eu possa julgar baseado nos fatos e testemunhas. Não é possível julgar e condenar sem antes avaliar”, afirma Pelarin.
Por nota, a Prefeitura, através da Secretaria de Assistência Social, informou que possuí um termo de colaboração com Casa de Acolhimento e todas as situações que dizem a respeito às ações envolvendo crianças e adolescentes do Projeto Teia correm em segredo de justiça. “O juíz responsável pela Vara da Infância e Juventude é o único autorizado a dar esclarecimentos”, conclui a nota.
Fonte: DHoje Interior
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