SAÚDE: Esporotricose pode ser transmitida dos gatos para os humanos por arranhões ou mordidas
29 de novembro de 2018 1250 Visualizações

SAÚDE: Esporotricose pode ser transmitida dos gatos para os humanos por arranhões ou mordidas

Humanos também podem contrair a esporotricose ou “doença do jardineiro”, ao serem arranhados ou mordidos; tratamento é feito com antifúngicos.

Uma doença pouco conhecida, mas que pode trazer problemas sérios para os gatos e também para os seres humandos é a esporotricose ou “doença do jardineiro”. Ela é transmitida por gatos infectados por fungos. Humanos também podem contrair a doença ao serem arranhados ou mordidos.

Foi o caso da médica veterinária Thaiane Falcochio, que pegou esporotricose ao cuidar de um animal resgatado na rua. “A gata tinha várias lesões e no atendimento tive um acidente na ponta do meu dedo. Na primeira semana foi tranquilo, mas na segunda semana a ponta do dedo inchou e o braço começou a ficar dolorido”, lembra.

O tratamento durou meses e a gata acabou morrendo porque a doença estava em uma fase avançada e ela não resistiu às medicações.

Diagnóstico e tratamento
Um estudo do laboratório de microbiologia da Faculdade de Medicina de Rio Preto apontou que de 112 gatos atendidos no Centro de Controle de Zoonoses com suspeita da doença, 82 estavam contaminados.

A esporotricose é conhecida como “doença do jardineiro” porque o fungo que provoca a infecção é encontrado na terra, troncos de árvores e até espinhos de flores. Por isso, quem lida com estes materiais está exposto ao risco de contaminação.

“Uma vez o gato sendo por hábito um manipulador de troncos de árvores para afiar unhas, ele carrega estes fungos nas unhas. Os gatos brigam e, ao arranharem, passam o fungo. O fungo penetra pela pele e os organismos migram pela cadeia linfática, levando a uma doença severa sistêmica aos seres humanos”, explica a chefe de laboratório da Famerp Margarete Gottardo de Almeida.

Os humanos contraem a doença quando são arranhados, mordidos ou se estiverem machucados e encostarem na área infectada do animal.

Os sintomas da esporotricose aparecem após a contaminação do fungo na pele e o desenvolvimento da lesão inicial é similar a uma picada de inseto, podendo evoluir para cura espontânea.

Em casos mais graves, por exemplo, quando o fungo afeta os pulmões, podem surgir tosse, falta de ar, dor ao respirar e febre. Na forma pulmonar, os sintomas se assemelham aos da tuberculose. Mas também pode afetar os ossos e articulações, manifestando-se como inchaço e dor aos movimentos, bastante semelhante ao de uma artrite infecciosa.

O tratamento é feito com antifúngicos e, ainda segundo Margarete, o quanto antes o tratamento foi iniciado, mais facilmente a doença pode ser controlada. O período de incubação é variável, de uma semana a um mês, podendo chegar a seis meses após a inoculação, ou seja, entrada do fungo no organismo humano.

Nos animais, a doença também tem tratamento e para que a esporotricose não se espalhe, o abandono de animais deve ser evitado.

“A posse responsável é importante, as pessoas não podem deixar os animais com livre acesso à rua. Não pode deixar um animal doente na rua para contaminar o ambiente e infectar outros animais”, afirma Vanessa Aoki, que atua no Centro de Controle de Zoonoses.

Tratamento da doença nos animais e humanos é feito com antifúngico — Foto: Reprodução/TV TEM
Fonte: G1
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