REGIÃO: “Estavam muito fracos”, diz presidente de ONG que resgatou cães sem comida

Cachorros das raças Fila e Rotweiller foram levados para atendimento veterinário após serem achados em tanque de cimento em uma casa no Parque Industrial Tanquinho. Mulher apontada como dona dos bichos é suspeita de maus-tratos.

Exames serão realizados nesta segunda-feira (28) nos dois cachorros encontrados sem comida em uma casa na zona norte de Ribeirão Preto (SP), segundo Maurício Garcia, presidente da ONG “Patinhas de Rua”, que ajudou no resgate.

Segundo ele, a própria mulher apontada como dona dos bichos, presa por suspeita de maus-tratos, disse que eles estavam há três dias dentro do tanque de cimento.

“Os cachorros estavam em uma piscina, ela estava vazia e eles estavam lá. Eles estavam muito fracos, provavelmente estavam há algum tempo sem comer, porque estava muito debilitados. (…) Eles estavam no sol e no sereno, e segundo a proprietária, passou que eles estavam lá há três dias e o único local que ela conseguiu deixá-lo era lá”, disse.

A mulher foi levada à Central de Polícia Judiciária (CPJ) e deve passar por audiência de custódia. Ao G1, a defesa dela disse que os cachorros foram pegos na sexta-feira (25) em Pitangueiras (SP) já fracos, que os cuidados começaram no mesmo dia e que ela procuraria uma ONG para ajudar no tratamento dos cães nesta segunda-feira.

Suspeita de maus-tratos
Os dois cachorros das raças Fila e Rotweiller foram encontrados pela Guarda Civil Metropolitana (GCM) no domingo (27) dentro de um tanque de cimento em uma casa no Parque Industrial Tanquinho após denúncias de vizinhos.

Segundo as autoridades, os cães estavam sem comida e com estado de saúde frágil. Os bichos foram alimentados pela equipe do canil da Guarda e passaram por avaliação com a veterinária da ONG, que vai cuidar dos cachorros até a recuperação e a adoção deles.

“A veterinária veio até aqui, analisou e constatou os maus-tratos. Eles estão muito debilitados devido à fraqueza por falta de comida mesmo”, disse Garcia.

Agente da GCM, Rafael Polin afirma que a suspeita, moradora que ficava de frente para o terreno, confirmou ser dona dos cachorros e que ainda não os havia alimentado, mas negou maus-tratos, pois já tinha encontrado os cães naquela situação em uma fazenda.

“Ela nos alegou que era dona dos animais, só que não tinha alimentado por ora”, afirmou.