REGIÃO: Empresa de fertilizantes produz 15 mil litros de álcool em gel para doar a hospitais
Após uma semana e meia e cerca de 30 testes, químicos em São Joaquim da Barra descobriram fórmula alternativa para produção e a compartilharam com farmácias e usinas.
O dia a dia dos funcionários de uma empresa de fertilizantes agrícolas de São Joaquim da Barra (SP) mudou por completo. A empresa decidiu fabricar álcool em gel, em falta no mercado por causa da pandemia do novo coronavírus, para doar a hospitais e a instituições que recebem pacientes infectados.
Até o momento, o Grupo Vittia produziu 15 mil litros de álcool em gel, que foram entregues à Santa Casa, à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e aos demais hospitais de São Joaquim da Barra. Na semana que vem, o Hospital de Amor de Barretos (SP), que trata pacientes com câncer, também receberá a doação.
“Nessa guerra, está faltando muito material. A gente fica feliz, agradece muito e sabe que isso é uma maneira de salvar vidas e de não levar contaminação, então esse produto é essencial e a gente tinha grande dificuldade de conseguir”, diz o administrador da Santa Casa, João Alberto Destro.
Fórmula difícil
Para chegar à fórmula correta do álcool em gel, a empresa fez cerca de 30 testes diferentes ao longo de uma semana e meia. A principal dificuldade dos químicos foi transformar o álcool líquido em gel. Isso porque o carbopol, substância que dá viscosidade ao produto, está em falta no mercado.
“Foi uma desafio grande produzir com qualidade, manter o percentual de álcool correto e reproduzir a fórmula da melhor maneira possível”, diz o coordenador da produção, Diego Vinche.
Com paciência, os técnicos do laboratório encontraram uma fórmula e, agora, compartilharam a receita com usinas e farmácias de manipulação, com a expectativa de que outras empresas possam produzir mais álcool, fazer doações e ampliar a rede de solidariedade.
Além do álcool, a empresa está comprando e doando respiradores mecânicos para unidades de saúde em São Joaquim da Barra e Ituverava (SP). O grupo também está tentando comprar testes rápidos para doar, mas os produtos, que vêm da China, estão demorando a chegar ao Brasil, segundo o diretor.
Fonte: G1
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