REGIÃO: Em áudio, professor chama aluna de 12 anos de ‘amorzinho’ e pede discrição: ‘Não pode dar bandeira’
Família registrou boletim de ocorrência em Ariranha (SP) após encontrar conversas do docente de 52 anos com a menina. Polícia Civil instaurou inquérito para investigar caso.
O professor de matemática que foi denunciado por assédio após enviar mensagens com conteúdo sexual para uma aluna de 12 anos, em Ariranha (SP), também chegou a mandar áudios para a adolescente pedindo para a que a garota fosse discreta para não ser preso.
A reportagem teve acesso a dois áudios enviados pelo suspeito à garota. Em um deles, o professor, de 52 anos, pede que a garota não comente nada. “Eu sei meu amorzinho. Mas a gente tem que disfarçar um pouquinho, senão vai dar muita bandeira. Você quer me ver preso, é isso?” (ouça acima.)
No mesmo áudio, o docente chega a pedir foto. “Não posso, assim. Eu tenho maior vontade, a gente precisa ter cuidado. Não pode vazar essas informações de jeito nenhum. Mas me manda foto, por favor, e eu quero ver pessoalmente, sim, estou louquinho. Beijos.”
Em outra mensagem, o professor é mais incisivo. “Você quer ouvir besteirinhas, quer? Então me manda fotos, gostosa.”
Denúncia
Foto mostra mensagens enviadas pelo professor para o WhatsApp da menina — Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal
Segundo a mãe da adolescente, as mensagens foram descobertas no sábado (5). No dia seguinte, a família compareceu à delegacia para registrar um boletim de ocorrência contra o professor, que dá aulas na mesma escola em que a menina estuda.
“É difícil falar do assunto. Eu passo mal de relembrar. Ele roubou toda inocência da minha filha, que foi criada com todos os princípios cristãos. Não teve ato sexual. Tive conhecimento a tempo. Mas os áudios e as conversas são muito perversos”, afirma a dona de casa.
Em entrevista a mãe também afirmou que foi até a unidade escolar e se reuniu com toda direção, que se comprometeu em tomar as providências cabíveis.
“Eu não vou deixar minha filha voltar para escola enquanto souber que o professor não foi afastado ou preso”, diz a mãe da menina.
Investigação
De acordo com o delegado responsável pelo caso, Gilberto César Costa, um inquérito policial foi aberto após familiares da adolescente procurarem a Polícia Civil para registrar um boletim de ocorrência contra o homem.
“Ainda é muito cedo para concluirmos algo a respeito deste caso. Podem existir outros crimes. Então, tudo será objeto de investigação. Ainda não podemos formar um juízo acerca deste episódio e descobrir o que de fato aconteceu”, afirma Gilberto.
Em nota, a Diretoria Regional de Ensino de Catanduva esclarece que já tomou todas as providências necessárias. Uma apuração preliminar foi aberta e, se comprovada, serão aplicadas as penalidades pertinentes.
A administração regional afirmou que está à disposição dos pais e responsáveis pelos alunos e colabora com a polícia.
Fonte: G1
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