PANDEMIA: Veterinário orienta donos de pets sobre cuidados
Além de dicas a tutores, doutorando da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto esclarece dúvidas sobre a infecção pelo novo coronavírus em animais domésticos
Durante a quarentena, os seres humanos não são os únicos que tiveram a rotina afetada pelo isolamento social.
Consequentemente, os pets, companheiros de passeios ao ar livre ou, até mesmo, os que são acostumados a ficar em casa, sofreram mudanças em hábitos do dia a dia.
Diante de todas as dúvidas em relação ao novo coronavírus, causador da covid-19, doença que já vitimou mais de 165 mil pessoas pelo mundo, tutores de pets também se questionam sobre as chances desses animais serem infectados pelo vírus que aflige a humanidade.
Recentemente, a questão ganhou maior repercussão quando o zoológico do Bronx, em Nova Iorque (EUA), comunicou que a tigresa Nádia havia testado positivo para a covid-19 – esse foi o primeiro caso confirmado da doença na espécie.
Em entrevista ao ACidade ON, o médico veterinário Frederico Lobão, doutorando em patologia pela FMRP-USP (Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto Universidade de São Paulo), explicou que, até o momento, há registros de que o Sars-Cov-2 (subtipo do novo coronavírus) é capaz de infectar grupos específicos de animais.
“Pesquisadores chineses aplicaram injeções intranasais, com alta carga viral do novo coronavírus, em cães, gatos, galinhas, patos, suínos e furões. O resultado apontou que os animais de produção (galinha, pato e suínos) não foram suscetíveis ao novo coronavírus. Em contrapartida, alguns cães testaram positivo, mas não tiveram secreção suficiente a ponto de transmitir o vírus a outra pessoa ou a outro animal. Já os gatos e furões foram mais vulneráveis do que os cães, entretanto, não secretaram a ponto de contaminar suas espécies ou humanos”, afirmou o médico veterinário.
“No caso do zoológico de Nova Iorque, o que se sabe, até o momento, é que os felinos têm uma susceptibilidade maior para a covid-19 do que outros animais. Porém, devemos ficar atentos, pois apesar de não existir registros de transmissão desse vírus por parte de animais a humanos, eles podem desenvolver tosse seca e febre, sintomas que se assemelham aos nossos”, explicou.
Cuidados
Lobão, que atualmente cumpre parte das pesquisas de doutorado na Universidade da California San Diego (EUA), ressaltou a importância dos donos de pets seguirem as recomendações da OMS (Organização Mundial da Saúde) para conter a transmissão do novo coronavírus.
“A pelagem dos animais pode servir como abrigo para o vírus. A OMS, OIE [Organização Internacional de Saúde Animal] e outros órgãos recomendam manter as práticas de higiene, como lavar as mãos após manusear os bichos e dar banho neles a cada semana. É uma questão de mudança de hábito, pois do mesmo jeito que o pelo dos pets pode abrigar o vírus, nossas roubas também podem. Ele [vírus] não tem pernas e nem asas. Precisa da nossa ajudar para se proliferar”, explicou.
O médico veterinário ainda informou que não há casos confirmados da covid-19 em animais de estimação como peixes, répteis, anfíbios.
“Atualmente, a principal suspeita de animal que possa ter começado a disseminar o novo coronavírus é o morcego. Em 2015, um vírus praticamente igual ao que está circulando foi identificado em uma colônia destes mamíferos, em Wuhan, na China, região onde a pandemia teve início”, declarou.
Fonte: acidadeon.com
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