BEBEDOURO: Justiça decreta prisão preventiva de donos de clínica fechada por suspeita de cárcere privado e maus-tratos
Eles podem responder por cinco crimes. Defesa nega e diz que vai recorrer. Operação nesta sexta-feira (13) encontrou diversas irregularidades no local.
A Justiça decretou, nesta sexta-feira (13), a prisão preventiva dos proprietários e coordenadores de uma clínica de reabilitação para dependentes químicos fechada pela prefeitura de Bebedouro (SP) por suspeita de práticas de tortura, cárcere privado e maus-tratos contra pacientes.
Durante a operação nesta sexta, Ana Lúcia Gama Santos Pina e Júlio Rafael Santos Lima foram presos em flagrantes.
Eles foram levados à delegacia para prestar depoimentos e podem responder por estelionato, tortura, maus-tratos, crimes ligados à saúde publica e cárcere privado.
O Ministério Público pediu a conversão em prisão preventiva, aceita à tarde pelo juiz João Carlos Saud Abdala Filho.
Procurado, a defesa de Ana Lúcia e Júlio disse que vai recorrer da decisão. Os suspeitos negam as acusações.
Operação
Segundo a força-tarefa envolvendo Ministério Público, Vigilância Sanitária, Polícia Civil e Prefeitura, pelo menos 53 pessoas estariam vivendo trancadas e em condições precárias no local, que fica na zona rural.
Pacientes disseram ter testemunhado agressões e que os donos eram responsáveis.
Além de agressões físicas, eles relataram dificuldades para conseguir remédios e manipulação de familiares dos pacientes por parte dos donos.
Ainda de acordo os pacientes, as situações de maus-tratos não eram praticadas pelos funcionários.
Dentre os atos praticados, os pacientes eram proibidos de deixar a clínica. Havia punição para quem desrespeitasse as ordens dos monitores.
Multa para quem quisesse sair
Durante a operação, restos de carnes foram encontrados guardados em um carrinho de obras na cozinha, sem qualquer refrigeração ou proteção.
Alimentos sem etiquetas de procedência foram encontrados no freezer. Pelas instalações, pacientes dividiam beliches em espaços apertados e sem ventilação.
De acordo com as autoridades, os contratos tinham validade de um ano e cada paciente pagava cerca mil reais de mensalidade.
Caso a pessoa optasse por sair antes do fim do acordo, tinha que pagar uma multa R$ 5 mil. Alguns pacientes chegaram a dizer que estavam no local há sete ou dez anos.
Atendimento às vítimas
As vítimas são de várias cidades do interior de São Paulo e até de outros estados. De acordo com a prefeitura, todos os pacientes estão sendo acolhidos pela Secretaria de Promoção e Assistência Social.
A Polícia Civil deve entrar em contato com os parentes e os responsáveis por cada um deles para que possam voltar para casa.
Fonte: G1
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