BARRETOS: Ex-paciente alegra crianças no hospital, onde se curou de câncer: ‘uma honra’
Rafaela Denadai de Oliveira descobriu doença rara quando tinha 9 anos e passou 5 em tratamento. Na pele da doutora Mina Josefina Tagarela, ela busca retribuir carinho que recebeu quando estava internada.
Recuperada de um câncer raro, Rafaela Denadai de Oliveira encontrou dentro do Hospital de Amor de Barretos (SP) uma maneira de retribuir o carinho e a atenção com os quais foi tratada quando criança. Hoje, ela une arte e amor ao próximo na pele da personagem doutora Mina Josefina Tagarela, que diverte outras crianças internadas na luta contra a doença.
“A palavra que define é honra. Fico muito feliz de poder estar aqui, é uma honra poder entrar aqui e trazer pelo menos um pouquinho do carinho que recebi quando eu me tratava”, afirma.
Batalha que virou inspiração
Aos 9 anos, Rafaela foi diagnosticada com sarcoma de Ewing, um tipo de câncer considerado raro e que normalmente atinge os ossos. Natural de Monte Alto (SP), ela foi encaminhada ao hospital em Barretos para tratar a doença.
Durante cinco anos, Rafaela travou uma grande batalha pela cura. Enfrentou quimioterapia, radioterapia, mas teve, além do apoio da família, o incentivo das equipes médicas e de grupos de palhaços da alegria que a faziam esquecer dos processos difíceis do tratamento.
Há oito anos, a jovem recebeu a tão esperada notícia da cura. No entanto, a conexão estabelecida com as pessoas no hospital mudou para sempre a vida dela. Apaixonada por artes cênicas, Rafaela desbravou o universo da interpretação e encontrou na palhaçaria o caminho para o ofício que desempenha na unidade.
Agora, é ela quem provoca risadas nos pacientes, nas famílias deles e nos funcionários do Hospital de Amor.
“Passei minha infância e adolescência nesse hospital e quando comecei a estudar artes cênicas e palhaçaria, a primeira coisa que pensei foi: quero voltar para o hospital, quero trabalhar lá”, diz.
Tratamento com acolhimento
Rafaela se emociona ao lembrar dos momentos que viveu dentro do hospital como paciente. Para a jovem, as memórias boas que construiu são maioria e trabalhar como a doutora Mina é um gesto de profunda gratidão.
“No período todo, parece que eu ia ter memórias ruins, mas eu só tive memórias boas dessa época. Quando eu paro para lembrar, só lembro do apoio que tive da minha família, muitos amigos próximos e uma equipe muito maravilhosa que cuidou de mim o tempo todo”, aponta.
As médicas que cuidaram de Rafaela ainda trabalham no hospital ajudando outras crianças. Uma delas é a oncologista pediátrica Érica Boldrini, que atua na instituição há 20 anos.
Hoje em dia, Érica acompanha o trabalho da atriz no hospital. Ela afirma que a presença dos palhaços no ambiente hospitalar é algo fundamental à recuperação dos pacientes.
A médica diz que o momento de risada criado pelos profissionais ajuda não só o quadro dos pacientes, mas dos familiares e dos funcionários.
“A presença dos palhaços traz um pouco de normalidade para a criança que está doente em tratamento. É um momento de alegria, onde se esquece tudo que está passando aqui dentro”, afirma.
Risada necessária
Quem concorda com a médica é a adolescente Jaqueline Aparecida Nascimento Claro, de 14 anos. Na reta final do tratamento contra um câncer na medula, a jovem afirma que se sente mais próxima dos palhaços a cada apresentação.
“Não tem como descrever o quanto de amor tem isso daqui. O jeito que eles conversam com a gente parece que conhecemos eles há muito tempo”, diz.
Assim como ela, a mãe, Devanir Dias Nascimento Claro, acredita que o trabalho de Rafaela é crucial para os bons resultados no tratamento da filha, já que a alegria ao presenciar as brincadeiras e conversas dos palhaços é certa.
“O trabalho deles é maravilhoso, excelente para todo mundo. Até para as mães e para os pais é legal, traz alegria.”
Fonte: G1
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