Atividades lúdicas com filhos fortalecem laços afetivos, afirma professora da Pedagogia do UNIFEB

Nesses dias em que é recomendado o isolamento domiciliar, a proximidade das crianças com os pais pode fazer toda diferença. Há atividades lúdicas e educativas que auxiliam o afastamento mínimo dos pequenos dos aparelhos eletrônicos como: smartphones, tablets e televisão, segundo quem atua no Curso de Pedagogia do UNIFEB.

Débora Nogueira Tomás, que é psicóloga e professora do Curso, diz que “existem atividades e brincadeiras específicas para cada período do desenvolvimento infantil, mas quando estamos em casa, com crianças de faixa etária diferentes, há vários tipos de brincadeiras que podem ser aproveitadas”. E cita algumas, “brincadeiras de faz-de-conta: para as crianças de 2 até 8 anos de idade, até mesmo fazer uma ‘bagunça’ na casa, mas vale a pena”, elenca a professora.

“Confecção de jogos a partir de caixas de sapatos, papelão, rolos de papel higiênico, dentre outros materiais que estão em casa, tudo pode ser material para atividades artísticas e científicas divertidas. Os pais encontram na internet receitas variadas para massinha e tinta caseira a partir da farinha de trigo e corante. O tempo de confecção dos projetos já é um momento importante entre pais e filhos”, pontua Débora Nogueira.

Segundo ela, aquelas atividades que estimulam o intelecto também não pode ser esquecidas. “Eu oriento sempre ler um livro, uma poesia, e pedir para a criança reproduzir, ou pintar sobre o que mais lhe interessou, já foi comprovado que este tipo de exercício é muito mais eficiente para o desenvolvimento dos pequenos, do que desenhos e pinturas livres. Há também pintura com dedos, é muito interessante para fazer com crianças menores de 3 anos”, conta.

A especialista ainda ressalta que, apesar do momento que a população passa, pode-se extrair algo de bom nisso tudo. “Estamos passando por um momento crítico, em nível mundial, não sabemos ao certo o que irá acontecer daqui para frente, mas o fato é que precisamos ter um olhar positivo para tudo isso. É necessário olhar para dentro de nós, prestar atenção em quem amamos, desacelerar, respirar, e apreciar as pequenas coisas. Ficar perto de quem amamos, fazer coisas que muitas vezes não dava tempo, como brincar com os filhos, contar histórias, cozinhar junto e depois organizar tudo. Não é preciso ser um especialista em educação para entender que isso só faz bem, tanto para as crianças quanto para os adultos”.

Para as crianças e adolescentes que ainda têm atividades escolares para fazer em casa, é sugerido que os pais montaem um planejamento da rotina diária da semana. “É preciso organizar o tempo e as atividades domésticas e o trabalho de cada familiar, dividir a rotina de casa e a necessidade de trabalho de cada um. Essa rotina deve conter os deveres e obrigações, inclusive com o auxilio nas atividades domésticas (arrumar a cama, organizar brinquedos, dentre outros). A organização do tempo em casa tem que ser construída junto com a criança, ela precisa entender essas obrigações. Um bom exemplo é tentar seguir a rotina que a família já tinha, tentando adaptar; se a criança estuda pela manhã, coloque-a para fazer as atividades pedagógicas pela manhã. À tarde, construa brinquedos, faça alguma atividade física como dança e alongamento. As crianças gostam muito de culinária, então é uma boa ideia envolvê-las no preparo dos alimentos, desde bater ovos para omelete, a amassar bolachinhas. A rotina do sono também deve continuar, tem o momento de desacelerar, contar uma história ou ver um desenho e depois dormir”, finaliza a especialista em pedagogia do UNIFEB.

Fonte: Unifeb/Profª Debora Tomás