Após divulgar reabertura das escolas para julho, secretaria de Educação de SP recua e diz que retorno não tem data definida
Anúncio tinha sido feito por meio de informativo enviado à imprensa e confirmado ao G1 por telefone. Em novo comunicado, pasta afirma apenas que volta às aulas será gradual e regionalizada.
Após anunciar a reabertura das escolas a partir de julho, a secretaria estadual de Educação voltou atrás e afirmou que o calendário de retorno às aulas ainda não tem data definida e depende de aprovação do Centro de Contingência do coronavírus de São Paulo.
As aulas presenciais na rede municipal e estadual estão suspensas desde o final de março por conta da pandemia do novo coronavírus.
Inicialmente, em e-mail enviado à imprensa às 12h59, o governo informava que as aulas presenciais seriam retomadas em julho, de forma gradativa e regionalizada, podendo, ainda, ser antecipadas no caso das creches e unidades de educação infantil.
Em um novo e-mail enviado às 13h32 e às 15h36, porém, a informação havia sido retirada e, a data, negada.
“A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) esclarece que ainda não há data definida para volta às aulas presenciais. O texto divulgado nesta quinta-feira (4) intitulado “Número de alunos transferidos da rede particular para estadual de SP cresce mais de dez vezes; matrícula online é aberta pela primeira vez” saiu com uma informação errada sobre a volta às aulas. A assessoria de imprensa da pasta pede desculpas pelo erro e informa que a retomada das aulas será gradual e regionalizada, seguindo o que os dados científicos sobre a epidemia indicarem em cada região do Estado. As diretrizes devem ser apresentadas à sociedade nas próximas semanas”, diz o texto.
Transferência da rede privada
Nesta quinta-feira (4), a pasta também divulgou balanço do número de alunos transferidos da rede particular para a estadual de São Paulo.
Segundo o governo, a procura cresceu mais de dez vezes nos meses de abril e maio deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado.
Neste ano, a rede estadual recebeu 2.388 transferências de estudantes oriundos da rede particular, contra 219 no ano passado.
Por conta do aumento da procura, a Secretaria Estadual da Educação abriu, pela primeira vez, a possibilidade de as matrículas serem feitas de maneira totalmente online.
De acordo com a pasta, a medida visa evitar o deslocamento das famílias, formação de aglomerações nas escolas e diminuir o risco de contaminação do coronavírus.
Poderão manifestar interesse pela migração para a rede estadual os pais dos alunos com matrícula na rede privada ou vindo de outros estados.
A matrícula é para o ano letivo vigente. As matrículas 2021 ainda não foram abertas. Já as transferências entre redes públicas estão temporariamente suspensas e devem ser retomadas após o retorno das aulas presenciais.
Fonte: G1
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