Quando desistir significa…libertar
13 de dezembro de 2017 1015 Visualizações

Quando desistir significa…libertar

Insistir, esperar ou desistir depende de avaliação realista, mas abandonar o que não é possível só lhe fará bem

 

Não conseguiremos tudo o que queremos, a vida é uma longa trajetória. O mundo mostra que não é possível controlar ou planejar tudo, coisas ou pessoas. Que querer nem sempre é poder e que a conquista exige muito em sensibilidade.

Muitas vezes o que queremos (ou pensamos que queremos), não se encontra disponível ou tem o interesse equivalente. Insistir, esperar ou desistir depende de avaliação realista, mas abandonar o que não é possível só lhe fará bem. Refazer-se de uma rejeição fortalece. O mais sofrido pé na bunda livra as pessoas de um relacionamento já falido.

Superar a frustração ou aprender a lidar com ela é um importante passo para a vida adulta, para a maturidade emocional. Sair da fantasia, tornar-se mais prático e realista.

Como cita George Bernard Shaw: “É impossível progredir sem mudança, e os que não mudam suas mentes não podem mudar nada”

No trabalho, na vida pessoal ou na vida afetiva, ter vontade, visualizar um acontecimento e planejá-lo são muito importantes. E o que não conseguimos é essencial pra que possamos reavaliar inclusive se vale a pena lutar mais ou mudar de planos. O “não” reforça o valor, ou a perda de tempo.

Que o impossível não nos impeça de ver alternativas, e sim melhore nossa perspectiva, com mais humildade diante das possibilidades e da vida.

Nem sempre é possível obter o que se deseja… e é assim, pensando em alternativas, se refazendo, lutando contra o que não foi, que apuramos a observação e as diferenças, lutamos contra as dificuldades ou seu alcance. Sair do egocentrismo e visitar o querer do outro, que muitas vezes não concorda com o nosso querer.

A resiliência desenvolvida não prolonga o abatimento diante das adversidades, refaz caminhos, mesmo com a dor da recusa que o mundo invariavelmente estabelece. Precisando persistir e lapidar nossa personalidade, obrigados a reparar em outras bênçãos e oportunidades, que em sua somatória recebem o nome: crescimento.

A lagarta quando se encerra no casulo precisa rompê-lo, ou morre seca. Se o casulo é aberto externamente, as asas da borboleta não se fortalecem o suficiente para que voe. Só ela pode fazer a transformação, buscando a energia que lhe garantirá a sobrevivência. Necessitamos, da mesma forma, encontrar motivos e energia para prosseguir, não é suficiente simplesmente levar a vida que se tem.

Observando a força e o potencial transformador dos que encontram sentido para viver e não se arrastam, é possível concluir: é mesmo a força interior que faz voar as borboletas e as pessoas.

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