BARRETOS: Baixa adesão a testes da CoronaVac frustra coordenadora de estudo
Das 500 aplicações previstas em profissionais de saúde, 300 foram feitas em dois meses. No entanto, houve muita procura de pessoas que não podem receber as doses, diz médica.
Coordenadora dos testes da fase 3 da CoronaVac, vacina contra a Covid-19 produzida pela empresa chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, em Barretos (SP), a médica Gecilmara Salviato Pilleggi afirmou ao G1 que se sente frustrada com a baixa adesão de profissionais da saúde na participação dos estudos.
O perfil de voluntários deve ser de profissionais da saúde que estejam trabalhando no atendimento a pacientes com Covid-19. Barretos e região têm cerca de 4 mil trabalhadores da área, segundo a médica. O município recebeu 500 doses, mas aplicou somente 300 em dois meses.
“Surpreendeu por ser uma cidade exemplo de saúde, que tem um número de profissionais de saúde muito grande, que vivenciou duramente a pandemia e ainda vivencia. Foi muito contundente a pandemia na cidade e na região”, afirma a médica.
O teste ocorre no Hospital Nossa Senhora, com aplicação de duas doses em um intervalo de até quatro semanas, sendo que parte do grupo recebe a própria vacina e a outra o placebo, mas ninguém sabe o que recebeu e nem os pesquisadores têm acesso a essas informações.
Até o momento, cerca de 11 mil voluntários nos 16 centros de pesquisa do Brasil já receberam uma dose da vacina ou placebo, segundo o Instituto Butantan.
Estudos em Barretos
Barretos foi credenciada nos estudos da CoronaVac pelo governo de São Paulo em setembro, após processo de ampliação da fase 3 autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A aplicação das doses começou em 8 de outubro.
A equipe de estudos da CoronaVac em Barretos é formada por 26 profissionais, que acompanham e monitoram os participantes após as doses recebidas.
Segundo Gecilmara, dois terços dos voluntários que já participaram do estudo receberam a segunda dose do imunizante ou do placebo.
“Agora nós precisamos de dados de eficácias que sejam robustos. Se esses dados forem confirmados, o estudo termina o recrutamento, a entrada de novas pessoas”, explica.
Na semana passada, o Instituto Butantan atingiu o número mínimo de infectados pela Covid-19 necessário para o início da fase final de testes. Era necessário que pelo menos 61 casos ocorressem entre os 13 mil voluntários, sejam eles membros do grupo que tomou vacina ou do chamado grupo de controle. Ao todo, foram 74 infectados.
A nova etapa permite a abertura do estudo e a análise interina dos resultados do imunizante, que deve ocorrer nos primeiros dias de dezembro, conforme anunciou o Butantan.
Procura de outros grupos
Embora o número de profissionais de saúde cadastrados para a pesquisa tenha sido baixo, a coordenadora dos testes no Hospital Nossa Senhora relata que houve uma grande demanda dos chamados ‘leigos’, ou seja, voluntários que não se enquadram no perfil dos procurados para o estudo.
“Nós tivemos uma grande procura de um público leigo. São pessoas que se cadastraram por uma plataforma de cadastro, de forma voluntária. Nessa plataforma, quase 1,5 mil pessoas se inscreveram querendo tomar vacina, mas não se encaixam no critério por não serem profissionais de saúde”, explica Gecilmara.
A médica acredita que este é um momento que pode ser encarado como um marco na saúde do mundo, do Brasil e, sobretudo de Barretos. Ela diz que mesmo que as expectativas não sejam atendidas em um primeiro momento, a chance de participar do estudo já é muito positiva.
“Estamos perseguindo a meta porque achamos importante não perder a oportunidade de poder tanto oferecer a vacina para um público maior quanto participar desse momento de um registro histórico para saúde coletiva”, relata.
Fonte: G1
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