Inflação atinge produtos básicos e empresas falam em mais reajustes

A prateleira do supermercado e outros produtos e serviços têm se tornado um pesadelo para consumidores rio-pretenses nos últimos dias. O que tem se visto é uma explosão de reajustes de preços sem aparente motivo. De acordo com o Índice de Preços para o Consumidor Amplo (IPCA), até mesmo alimentos básicos estão sofrendo que a alta dos preços. O arroz, feijão, leite e óleo de soja, por exemplo, já possuem reajuste médio acumulado em torno de 18% no ano, número quase quatro vezes maior que o índice geral de preços dos demais alimentos (5%).

“Os combustíveis fósseis são pautados pela variação do dólar, que vem aumentando muito nos últimos meses. Com isso, a Petrobras aumentou a tarifa em torno de 6% a 7%, o custo acaba sendo repassado para o consumidor”, explicou o presidente do Sincopetro (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo) de Rio Preto, Roberto Uehara.

Outro que sofreu reajuste foi o gás GLP, utilizado na cozinha da maioria dos brasileiros. Na última terça-feira (1) teve um aumento de 9%, sendo o sexto reajuste da Petrobras do preço do produto no ano. Se em abril o valor do botijão variava de R$ 65 a R$ 75, atualmente os valores estão entre R$ 72 e R$ 80 em Rio Preto, segundo apuração do DHoje.

“Vai ter outro aumento ainda neste mês, que sai todo o ano. Essa é a primeira vez que estamos repassando o aumento para os consumidores. Até agora tínhamos mantido o preço, mas desta vez infelizmente não vai ter como”, disse Kauany Queiroz, que trabalha em uma revendedora de gás no município.

Por meio de nota, a APAS (Associação Paulista dos Supermercados) informou que os supermercados não aumentaram suas margens de lucro e que estão apenas repassando o aumento proveniente dos fornecedores. “A APAS recomenda aos supermercadistas que continuem negociando com seus fornecedores e comprem somente a quantidade necessária para a reposição, bem como ofereçam aos seus consumidores opções de substituição aos produtos mais impactados por esses aumentos provenientes dos fornecedores de alimentos”, diz a nota.
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Fonte: DHoje Interior