7 dicas que ajudam a fugir da demora do INSS na análise da aposentadoria
Especialista em Previdência, Hilário Bocchi Júnior explica que o trabalhador deve fazer uma espécie de “Raio-X” da situação previdenciária, antes de ingressar com o pedido.
A correria e a pressa para se aposentar podem agravar ainda mais a demora na análise do benefício. A Previdência Social tem a obrigação de orientar, analisar – em 45 dias – e conceder ao trabalhador o benefício mais vantajoso.
Atualmente, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) está atrasado. Mesmo assim, o segurado pode ter o caso analisado com mais rapidez, basta fazer um Raio-X da situação previdenciária, antes de ingressar com o pedido.
1. Tudo é digital
Quase tudo no INSS é digital e as pessoas que não têm familiaridade com a informática encontram dificuldade para acessar a internet, digitalizar documentos e incluir na plataforma “Meu INSS”. Isso induz ao erro. Os documentos devem estar legíveis. O trabalhador que não domina esta tecnologia deve pedir a ajuda de um amigo, da família ou até de um profissional.
2. CNIS e dados cadastrais
Os benefícios são concedidos e calculados com base nas informações que estão no Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS).
A Previdência pode exigir que o segurado regularize e corrija imperfeições no CNIS e isso certamente vai retardar a análise do processo – e o que é pior, o benefício pode ser negado ou concedido errado.
É importante que todos os dados sejam analisados e corrigidos antes do requerimento do benefício.
3. Resumo do pedido
Como são muitos casos para a Previdência analisar, além do requerimento padrão fornecido pela Previdência, o segurado ou o dependente podem fazer um resumo detalhado do que pretendem. Isso ajudará o servidor na hora da análise do processo.
Apontar o tempo de serviço, os períodos que precisam ser comprovados, o valor de contribuições omitidas, bem como detalhes sobre eventual doença ou deficiência – se for o caso – podem tornar a análise menos complexa.
4. Documentação completa e em ordem
Quando se tratar de tempo de serviço, principalmente com atividades especiais, os documentos devem ser apresentados na ordem cronológica: carteira de trabalho, carnês de contribuição (Guia da Previdência Social), Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP) e outros.
A documentação incompleta pode prejudicar o direito ao benefício e o INSS pode parar a análise do processo, e pedir novos documentos.
5. Saber o que quer
Quando o segurado faz o pedido de um benefício no “Meu INSS”, marca a aposentadoria que ele quer. Mas, o sistema do INSS deveria ser mais específico porque os servidores têm que analisar em qual regra o trabalhador vai se enquadrar.
Assim, para ganhar velocidade no processo – e até mesmo para conseguir o benefício pretendido, evitando recursos e mais demora na análise – é bom deixar bem claro em qual regra o contribuinte quer se aposentar: direito adquirido, regra de transição ou novas regras.
6. Conhecer os recursos
Apesar de existirem muitos recursos para se discutir a decisão da Previdência, quando a aposentadoria é negada, existem muitas ferramentas à disposição do segurado para ter um resposta mais rápida: novo requerimento, alterar a data do requerimento (reafirmação da DER) ou entrar com processo na Justiça.
7. Se quer continuar trabalhando
Quem quer aposentar e continuar trabalhando tem que deixar isso claro para não ter problema na empresa, nem ter que discutir isso na Previdência.
- O servidor público celetista pode mostrar que tinha o tempo antes da Reforma da Previdência;
- Quem vai ter aposentadoria especial pode mudar de atividade e continuar trabalhando;
- Quem não está totalmente incapaz pode receber benefício por incapacidade e continuar trabalhando.
Fonte: G1
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