ENERGIA: Consumidores terão alívio nas contas de luz de 2019 e 2020
Consumidor terá alívio na conta de luz devido à antecipação do pagamento de uma dívida bilionária que vinha sendo paga pelos consumidores desde 2015
O consumidor terá um alívio de 4,9 pontos percentuais na conta de luz neste ano e em 2020 devido à antecipação do pagamento de uma dívida bilionária que vinha sendo paga pelos consumidores desde 2015.
Todos os meses, a população pagava, por meio da tarifa de energia, aproximadamente R$ 700 milhões. Ainda restavam R$ 8,4 bilhões a serem quitados até 2020. Com o acordo, o acerto será feito até setembro deste ano.O efeito no preço da energia elétrica virá por meio dos reajustes anuais realizados pelas distribuidoras.
Neste ano, haverá um alívio de 3,7 pontos percentuais – ou seja, se o reajuste era de 10%, passará a ser de 6,3%. Em 2020, o impacto será uma redução de 1,2 ponto percentual.Após dois anos de reajustes altos da conta de luz, em 2017 e 2018, o mercado já previa que neste ano os aumentos fossem mais brandos, como a Folha de S.Paulo já havia noticiado no fim do ano passado.
Cálculos da TR Soluções (empresa especializada em tarifas de energia) apontam que, em 2019, o preço ficará praticamente estável -sem contabilizar o acionamento das bandeiras tarifárias.Seis distribuidoras que já tiveram reajustes aprovados pela agência reguladora desde o fim do ano passado terão revisões extraordinárias para aplicar o alívio: a Cepisa (Piauí), a Ceron (Rondônia), a Eletroacre, a Energisa Borborema e as duas distribuidoras fluminenses, a Light e a Enel Rio.
A dívida bilionária foi contraída em 2014. À época, mudanças regulatórias e decisões do governo Dilma Rousseff (PT) fizeram com que as companhias ficassem descontratadas, ou seja, com poucas usinas geradoras à sua disposição.A solução foi comprar energia no chamado mercado de curto prazo –em que os preços variam mês a mês e, naqueles anos, estavam extremamente altos por causa da seca.
O resultado foi uma conta de R$ 21,75 bilhões para as distribuidoras (em valores da época) e, consequentemente, para as tarifas de energia.O acordo com oito bancos firmado pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) permitiu a antecipação dos R$ 8,4 bilhões que restavam da dívida.
Para isso, houve uma cobrança de uma taxa equivalente a R$ 140 milhões –valor menor do que os juros que seriam aplicados caso as parcelas não fossem antecipadas.”Foi um esforço imenso. As conversas começaram em novembro e só agora avançamos para um acordo”, afirmou o diretor-geral da agência, André Pepitone.
Entre os bancos, havia instituições públicas (Caixa, Banco do Brasil, BNDES e Banrisul) e privadas (Bradesco, Itaú, Santander e Citibank).
Fonte: acidadeon.com
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