Motoboy foi morto a tiros após briga por fechada no trânsito, diz mãe da vítima em Barretos-SP
A família do motoboy Matheus Silva, de 21 anos, morto a tiros em Barretos (SP), diz que o crime foi motivado por uma discussão no trânsito. Segundo a mãe da vítima, o filho foi perseguido pelo suspeito após ser fechado em um cruzamento. Câmeras de segurança registraram o momento em que o atirador para a moto no meio da rua e atira duas vezes no peito do jovem.
“Meu filho estava trabalhando. Ele ia entrar em uma rua, deu seta e o cara não respeitou. Ele não o conhecia. Eu não criei meu filho para ser morto desse jeito”, diz a comerciante Nilza Cristina da Silva.
Matheus chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos. Segundo a Polícia Civil, o suspeito é Paulo Ricardo Tiedrick. O advogado dele já entrou em contato com o delegado Antônio Augusto Miranda, mas o rapaz ainda não se apresentou à delegacia.
Tiros no meio da rua
O crime aconteceu na segunda-feira (5) no bairro Jardim Fortaleza. Imagens de câmeras de segurança mostram quando Matheus é surpreendido pelo suspeito, que para a moto no meio da rua, saca uma arma e atira duas vezes em direção à vítima. Caído no chão, o entregador ainda é chutado antes de o atirador deixar o local.
A mãe conta que ficou horrorizada com a brutalidade e a frieza do homem. Segundo Nilza, Matheus chegou a enviar um áudio a um grupo no Whatsapp, relatando o desentendimento com o suspeito aos colegas de trabalho.
“Ele deu a seta e o cara não respeitou a seta e passou do lado, fechou ele, xingou ele. Meu filho foi atrás, cercou ele e foi tirar satisfação. Foi aí que começou a briga”, conta.
Discussão e perseguição
De acordo com Nilza, testemunhas tentaram acabar com a confusão. Matheus seguiu de moto, mas o suspeito foi atrás.
“Meu filho montou na moto e foi embora. Aí deu o tempo que o cara ficou mexendo em uma pochete. Ele só não atirou ali na hora porque a arma estava sem as balas. Aí ele pegou, colocou e saiu atrás seguindo meu filho.”
Matheus foi interceptado por Paulo no cruzamento da Rua 26 com a Avenida Brigadeiro Eduardo Gomes, onde foi ferido. O suspeito foi identificado no mesmo dia pela polícia, mas não foi preso porque não foi localizado em casa.
Nilza lembra que não chegou a encontrar o filho na manhã de segunda-feira, como era de costume, porque ele estava atrasado para as entregas.
“Ele passava no meu trabalho para me ver. Eu vendo pão, bolo, e ele passava aqui para comer e ir trabalhar. Na hora do almoço ele dividia a marmita comigo, deixava a salada para mim, porque não gostava. Ele trabalhava em três serviços. Era um filho amoroso, ele era um menino de família. Ele queria fazer uma família, arrumar um filho e ter um lar”, diz a mãe.
A comerciante diz confiar na Justiça, mas faz um apelo à Polícia Civil pela prisão do suspeito. “Trazer meu filho de volta nada vai trazer. A dor da saudade, o vazio, só a gente que é pai e mãe sabe a dor. Eu só quero justiça. Estamos indignados, queremos saber como uma pessoa faz uma barbaridade dessas e não vai presa.”
Fonte: G1
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