REGIÃO: Fraqueza muscular está entre efeitos da deficiência de vitamina D
20 de agosto de 2018 1014 Visualizações

REGIÃO: Fraqueza muscular está entre efeitos da deficiência de vitamina D

Segundo a endocrinologista, para a população brasileira saudável, o Ministério da Saúde preconiza um nível de Vitamina D acima de 20 ng/ml

A fraqueza muscular é outra consequência da deficiência de vitamina D. Esse efeito músculo-esquelético traz ainda mais danos nos mais velhos. “Essa atrofia aumenta o risco de quedas entre os idosos e os torna mais debilitados”, diz a endocrinologista Marise.

Segundo ela, há estudos em andamento sobre os efeitos da deficiência de vitamina D sobre a resposta imunológica do organismo e sua influência sobre problemas pulmonares, como asma e infecções e até mesmo seu risco durante a gravidez de pré-eclâmpsia ou do nascimento prematuro do bebê.

O risco maior é que a deficiência seja assintomática e a pessoa só a detecte quando já está em um nível bem acentuado, mesmo podendo ser diagnosticada a partir de um simples exame de sangue, em que é dosada a 25-hidroxi vitamina D.

Segundo a endocrinologista, para a população brasileira saudável, o Ministério da Saúde preconiza um nível de Vitamina D acima de 20 ng/ml. Já para o grupo de risco, o ideal é que esse índice fique acima de 30ng/ml.

“Os indivíduos de maior risco são idosos, pessoas com alguns tipos de doença e as que não tomam sol, seja por não gostarem, por falta de oportunidade ou pela vontade de se proteger dos danos causados por ele na estética”, explica.

Suplementação só sob orientação  

A suplementação de vitamina D, segundo Marise, é indicada a pacientes que estão em tratamento de osteoporose, são portadoras de doenças inflamatórias crônicas intestinais ou reumatológicas, pulmonares, a gestantes, algumas crianças até 2 anos e a idosos. Mas é preciso orientação médica, já que cada grupo necessita de uma quantidade diferente da vitamina. O suplemento pode ser feito por cápsulas ou gotas.

“Pacientes que têm risco de câncer de pele ou com antecedentes familiares é melhor tomar vitamina D do que se expor ao sol”, diz a endocrinologista.

Marise informa que, para os jovens, são suficientes entre 400 UI e 800 UI por dia. Já para os idosos, de 1000 UI a 2000 UI. “A superdosagem pode provocar intoxicação grave, mas são níveis altíssimos de suplementação, bem acima dessa dosagem”, ressalta.

Segundo ela, algumas pessoas que frequentam academias tomam doses altas de suplementação da vitamina D acreditando que vai melhorar a força muscular. “O que é um grande engano e pode levar a intoxicação. Só melhora a força muscular quando o indivíduo tem deficiência da vitamina D”, alerta.

Exposição com fotoproteção também resolve  

Estudo inédito da Sociedade Brasileira de Dermatologia concluiu que a utilização do fotoprotetor na exposição leve ao sol não afeta a capacidade de síntese cutânea de vitamina D. Os participantes foram divididos em três grupos: confinados da exposição solar por 24h, expostos a doses baixas de sol (10-15 min que não chegam a deixar a pele avermelhada) com e sem fotoprotetor tópico (FPS 30).

Os seus níveis de vitamina D no sangue foram medidos na manhã antes da exposição solar e também na seguinte, permitindo o cálculo da variação desses níveis no intervalo de 24h. A variação dos níveis plasmáticos de vitamina D foi maior para o grupo exposto com filtro solar do que para o grupo confinado, mostrando que ocorreu síntese efetiva de vitamina D após breve exposição ao sol, mesmo com filtro solar.

Segundo o médico Hélio Miot, a síntese de vitamina D depende de doses muito baixas de UVB em pequenas áreas do corpo. A radiação atinge a pele através do vestuário leve e do couro cabeludo, áreas que não são completamente cobertas pelo filtro solar.

Valores de referência de vitamina D 

– Acima de 20 ng/ml: para a população saudável (até 60 anos)
– Entre 30 e 60 ng/ml: para grupos de risco, como idosos, indivíduos com fraturas ou quedas recorrentes, gestantes e lactantes, osteoporose, doenças como raquitismo, osteomalácia, hiperparatireoidismo, renal crônica, síndromes de má-absorção, como após cirurgia bariátrica, e doença inflamatória intestinal
– Acima de 100 ng/mL: considerado com risco de intoxicação

Deficiência por faixa etária entre a população brasileira 

Jovens: de 10% a 15%

Idosos: mais de 50% 

 

Fonte: acidadeon.com

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