VIRADOURO: Antes de sumiço, pai e filho pularam em rio para evitar ação policial contra pesca ilegal
Os dois pescavam na Cachoeira de São Bartolomeu e família diz que houve abordagem; Polícia Militar Ambiental nega. Corpo de jovem de 18 anos foi achado nesta quarta (27) por bombeiros.
A Polícia Civil apura as circunstâncias do desaparecimento de pai e filho no Rio Pardo, entre Viradouro (SP) e Terra Roxa (SP). Segundo informações da Polícia Militar Ambiental, Ademir Fadin, de 47 anos, e Igor Fiuza Fadin, de 18 anos, pescavam ilegalmente na região da Cachoeira de São Bartolomeu, quando pularam do barco na água em uma tentativa de evitar a abordagem de uma equipe que patrulhava a área.
“[Eles] se arriscaram ali para tentar fugir de uma eventual abordagem da polícia ambiental que não existiu”, afirma o tenente Fernando Eufrásio.
Ademir está desaparecido desde a noite de terça-feira (26). Já Igor foi encontrado morto na manhã desta quarta-feira (27) pelo Corpo de Bombeiros. Um sobrinho do homem, que também estava no local, conseguiu sair da água.
O Corpo de Bombeiros continua as buscas por Ademir.
Pai e filho teriam pulado por causa da polícia
Segundo informações de parentes, pai e filho são de Indaiatuba (SP), mas frequentavam um rancho da família em Viradouro. De acordo com o assistente administrativo Guilherme Fiuza, o tio Ademir é adepto da pesca esportiva e conhece o Rio Pardo. Na noite de terça-feira, ele pescava com o filho e com o sobrinho Mateus, que mora em Viradouro.
“Eles estavam em uma pesca esportiva, não estava autorizada. Sabemos que estava errado, mas não era para fins lucrativos, não estavam com tarrafa para poder ganhar dinheiro com os peixes.”
Guilherme afirma que a ação da polícia ao flagrar os três pescando no local os levou a pular no rio. No entanto, o rapaz não deu detalhes sobre o que aconteceu durante a abordagem.
“Foi feita uma abordagem policial ríspida. Eles foram influenciados a pular no rio. É difícil acusar, tem uma pessoa [advogada] cuidando disso. Não queremos denegrir a imagem de ninguém. Dito isso, eles pularam no rio.”
Ainda de acordo com Guilherme, Mateus e o tio estavam habituados ao rio, mas Igor ficou para trás por causa da correnteza.
“Eles avistaram que o Igor estava ficando para trás por causa da correnteza, coisa do tipo. Meu tio tentou voltar para ajudá-lo, coisa que qualquer pai faria, e foi por isso que isso tudo aconteceu. Eles estavam desaparecidos até hoje. Hoje de manhã o Igor foi encontrado, o que é muito doloroso para nós.”
Polícia nega abordagem
Segundo o tenente Fernando Eufrásio, o local em que o trio estava embarcado é conhecido pelas autoridades em função da pesca predatória.
“A pesca no local é proibida. É uma corredeira e tem instrução normativa do Ibama que veda a pesca naquela região, em qualquer modalidade, na utilização de rede, de tarrafa, de varinha de mão, tem uma distância a ser respeitada, e ali não se pode fazer qualquer tipo de pesca”, diz.
Eufrásio afirma que, durante a terça-feira, os policiais fizeram patrulhamento na região, mas não necessariamente com intuito de abordar o trio.
Comandante da 3ª companhia, o capitão Rodrigo Antônio afirma que o caso está sendo apurado, mas que a informação preliminar é de que não houve abordagem da família.
“O trânsito de barcos ali é extremamente complicado e nós não estávamos embarcados nesse dia, estávamos por terra com a viatura. Não foi, pelo que consta, sequer feita a abordagem, os policiais nem qualificaram essas pessoas. Se assim fosse, elas teriam sido autuadas. Só lamentamos o ocorrido porque realmente trata-se de uma tragédia.”
Fonte: G1
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