REGIÃO: Vacina da Covid foi aplicada em crianças de 0 a 9 anos em Ribeirão Preto, apontam dados da prefeitura
7 de julho de 2021 890 Visualizações

REGIÃO: Vacina da Covid foi aplicada em crianças de 0 a 9 anos em Ribeirão Preto, apontam dados da prefeitura

Grupo ainda não integra Programa Nacional de Imunização, e Anvisa não autorizou alteração de bulas de vacinas para a faixa etária. Secretaria diz que imunizados têm comorbidades, estão acamados e internados em instituições da cidade.

A Secretaria Municipal de Saúde de Ribeirão Preto (SP) informou que ao menos 44 crianças de zero a 9 anos foram vacinadas com a primeira dose da vacina contra a Covid-19. Dessas, 42 receberam a aplicação de reforço.

Há, ainda, 1.666 moradores de 10 a 19 anos com a primeira dose e 120 com a segunda. As informações estão em uma tabela enviada pela pasta ao G1 com dados de todos os vacinados por faixa etária na cidade até terça-feira (6).

Procurada, a Secretaria de Saúde informou que as crianças entraram no grupo de pessoas com comorbidades. Dentre elas estão as acamadas e internadas em instituições filantrópicas da cidade.

 

Nesta quarta-feira (7), a Secretaria Municipal da Saúde informou que, até o momento, 55 crianças de 0 a 17 anos institucionalizadas foram vacinadas, com base no critério de alto risco de contaminação. As vacinas aplicadas foram AstraZeneca e CoronaVac.

 

Segundo a Anvisa, somente a vacina da Pfizer tem indicação em bula para vacinação de pessoas com 12 anos ou mais, pois foi a única que apresentou estudos que sustentam o uso na população menor de idade. A vacina da Janssen, em uso emergencial no Brasil, teve estudos clínicos autorizados para menores de idade. As pesquisas estão em andamento.

O Ministério da Saúde afirmou que a vacinação de crianças contra a Covid-19 ainda não está liberada, mas que estados e municípios têm autonomia para adaptação do Plano Nacional de Imunizações (PNI) de acordo com a demanda local.

A pasta ainda informou que a prioridade no Brasil é vacinar todos os maiores de 18 anos até o final do ano. Equipes técnicas do Ministério foram acionadas para analisar o caso de Ribeirão Preto e ainda não se manifestaram.

A Secretaria Estadual de Saúde foi procurada para saber se havia conhecimento da aplicação em Ribeirão Preto. A pasta também repassou as informações para equipes técnicas. A reportagem aguarda retorno.

Vacinação de crianças
Em junho, a China foi o primeiro país do mundo a aprovar o uso de uma vacina contra a Covid-19 para crianças e adolescentes de 3 a 17 anos. Ainda não se sabe, no entanto, quando o grupo receberá as doses da CoronaVac, fabricada pelo laboratório chinês Sinovac e que está em uso no Brasil.

A farmacêutica realizou um estudo clínico na população menor de idade no início deste ano.

Já a Pfizer ampliou a quantidade de voluntários menores de 12 anos em testes da vacina na Europa e nos EUA. O novo estudo pretende ter até 4,5 mil crianças e adolescentes em mais de 90 centros clínicos de quatro países.

Além do Brasil, a vacina da Pfizer já é autorizada para quem tem 12 anos ou mais na Europa, nos EUA, no Reino Unido e no Canadá.

A Moderna, que ainda não é usada no país, deu início em março deste ano aos estudos clínicos em pessoas com idade a partir de 6 meses.

‘Vacinação equivocada’
O infectologista Renato Kfouri, presidente do Departamento Científico de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações, considera um erro vacinar pessoas fora da faixa etária licenciada na bula do imunizante e fora do programa do Ministério da Saúde.

“É vacinação equivocada. É registrada como erro. O sistema nacional nem admite esse tipo de registro. A única que tem licenciada em bula é a Pfizer, a partir de 12 anos, mas não está liberada no Programa Nacional de Imunizações”, afirma.

Ele ainda afirma que os estudos no Brasil estão em andamento e que, para a grupo dos menores de idade, é importante direcionar as pesquisas na questão das seguranças das vacinas e na resposta imune.

“Vacinar indivíduos em uma população onde a doença raramente complica tem que ter certeza de que a vacina não traz riscos. Já que a doença raramente vai complicar, tem que ser mais segura do que é na faixa etária”, explica.

 

Fonte: G1
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