REGIÃO: Prefeitura de Barrinha (SP) libera festas, mas mediante autorização e fiscalização

Organizador precisa preencher requerimento ao poder público para obter alvará provisório. Drones são usados para monitorar cumprimento de regras nos eventos.

A Prefeitura de Barrinha (SP) liberou a realização de festas em chácaras, ranchos, edículas e salões, mas com restrições e mediante autorização. Para evitar que os organizadores infrinjam as regras, que incluem ocupação limitada a 50% da capacidade, horário máximo até as 23h e uso de máscara e álcool em gel, drones são usados pelas equipes.

Antes de fazer a festa, o morador precisa preencher um requerimento e entregá-lo à prefeitura, que autoriza ou não a realização.

“Primeiro, a gente vai até o local fazer uma inspeção para averiguar se a pessoa está tomando todos os cuidados de acordo com as regras sanitárias para estar tendo evento. Após essa vistoria, é liberado um alvará provisório para que a festa ocorra, dentro de um horário determinado”, diz o coordenador da Vigilância Sanitária Amadeu Fernandes Fossalussa.

O drone é o principal aliado da fiscalização. Pela tela do celular, dá para ver do alto o que acontece nos imóveis.

“Com a liberação, você tem um controle maior, porque você vai até o local, fiscaliza, a porta vai estar aberta. Não precisa de você fazer uma atuação porque a pessoa já está ciente, já está orientada que o fiscal vai estar passando lá durante a festa para ver o cumprimento das regras”, afirma Fossalussa.

Se a permissão for concedida, mas as regras não forem cumpridas durante a festa, o organizador pode ser multado. O valor da multa varia de R$ 3 mil a R$ 30 mil.

Melhora nos índices
Barrinha segue a atual fase de transição do Plano São Paulo, que ampliou horário de funcionamento de diferentes setores até 31 de julho.

De acordo com o secretário da Saúde, Marcos Bezan, a liberação de eventos é possível por causa da queda dos índices da Covid-19 na cidade.

“Nós observamos que, na nossa unidade mista de saúde, diminuiu de forma acentuada o número de casos. Com isso, a gente conseguiu atender melhor a população e flexibilizar alguma coisa seguindo o decreto do governador.”

Barrinha não tem hospital com unidade de terapia intensiva (UTI), mas o pronto atendimento, por onde chegam os pacientes com sintomas, registrou redução da procura. Apesar disso, Bezan afirma que as autoridades estão em alerta e que a população precisa contribuir para que os números continuem em baixa.

“Nós passamos momentos difíceis aqui. A cidade não tem hospital, tem uma unidade de saúde. Nós equipamos, mas dependemos das vagas dos hospitais da região. Foi muito difícil, ficamos com pacientes internados intubados até 20 dias aguardando vagas. Temos que tomar cuidado, agora, para isso não voltar.”

Volta às atividades com segurança
Apesar das regras rígidas para a realização das festas, a professora Adna Oliveira celebra a liberação de eventos porque pode voltar a alugar a área de lazer dela e custear as despesas.

“A gente fica mais tranquilo agora, não esquecendo, de maneira nenhuma, de informar aos nossos clientes a questão da segurança deles em relação à quantidade de pessoas no local. Saúde em primeiro lugar. O que eu não quero para mim, eu não quero para os outros.”

Desde o início da pandemia, Barrinha soma 4.668 casos de Covid e 109 mortes de pacientes com a doença.

Fonte: G1