REGIÃO: Operação do Gaeco prende seis e mira nova droga “K4”
Coordenada pelo GAECO – Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado – com apoio do Ministério Público, é realizada a Operação Quimera nesta terça-feira (2) que visa combater o tráfico de drogas na região de Rio Preto.
Segundo informações preliminares, durante a operação nesta manhã seis pessoas foram presas pelo 9° Baep – Batalhão de Ações Especiais de Polícia de Rio Preto, três em flagrante e três por mandado de prisão, sendo duas mulheres e quatro homens.
Os suspeitos foram localizados e presos em bairros da cidade dentre eles Jaguaré, Eldorado e Maria Lúcia. Foram apreendidos armas, munições e drogas, aproximadamente 4,4 quilos de cocaína, 2.516 micro pontos e mais duas embalagens contendo diversos micro pontos, 100 pedras de droga sintética MDMA, dois revólveres sendo um calibre 32 e um calibre 38, 57 munições, R$1.400 em dinheiro e diversos apetrechos para fabricação e pesagem das drogas.
Os suspeitos de participarem de uma organização criminosa do tráfico de drogas foram levados a Central de Flagrantes.
A OPERAÇÃO
Nesta terça-feira (2) promotores de Justiça do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), servidores do Ministério Público e 70 policiais militares (9º BAEP – CPI5 -São José do Rio Preto), com o emprego de 21 viaturas, deflagraram a Operação Quimera para cumprir sete mandados de prisão temporária e nove mandados de busca e apreensão expedidos pela 1ª Vara Criminal de São José do Rio Preto.
As investigações objetivam combater a produção e comercialização de droga denominada “K4”. Recentemente, esse entorpecente passou a ser comercializado de forma ampla no interior dos estabelecimentos prisionais, tendo em vista sua lucratividade e facilidade de ingresso. Registrou-se aumento de 600% de “K4” no último ano. Trata-se de droga com elevado poder de provocar dependência química e responsável por danos severos à saúde. Os “Canabinoides Sintéticos” foram criados na década de 80 para fins medicinais, encontrando evolução na década de 90, nos EUA, país que passou a enfrentar uma epidemia decorrente do uso de maconha sintética, denominada K2 – Spice, inclusive no interior dos estabelecimentos prisionais, com notórias demonstrações do chamado “efeito zumbi”.
Como uma evolução da K2, a K4 brasileira não se restringe somente ao “Canabinoide Sintético”, podendo conter outras substâncias proibidas, dentre elas o MDMA. Quando impregnada com “Canabinoide Sintético”, pode chegar a apresentar mais de 100 vezes os efeitos em comparação com a forma “natural”. Outra diferença é que, ao contrário do emprego da solução líquida em “ervas” como ocorre com a K2, a K4 se vale de inédita apresentação em selo (divisão por micropontos).
As investigações desvendaram atuação de organização criminosa, inclusive com participação de detento custodiado em Presidente Bernardes, voltada à prática de crimes graves, especialmente o tráfico de K4. Descobriu-se, inicialmente, a aquisição de insumos, fabricação e distribuição da “K4”, confeccionada com “Canabinoide Sintético” ou MDMA, bem como suas formas de consumo. Sabe-se, igualmente, que a organização criminosa PCC é responsável por boa parte do tráfico da droga, cuja comercialização se apresenta como um dos maiores riscos atuais à segurança e saúde públicas.
Apura-se, igualmente, os reflexos financeiros do tráfico de “K4”, com conhecimento de que rende à facção criminosa, para além de outros produtores, mais de R$ 1 milhão por mês, valor que é revertido para o financiamento de outros crimes graves, inclusive contra a vida e os que atentam contra o Estado Democrático de Direito. Durante as diligências, foram apreendidas grande quantidade de cocaína, armas de fogo, munições, folhas de k4, bem como insumos utilizados para sua produção.
Fonte: DHoje Interior
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