REGIÃO: Mulheres são condenadas por ameaçar idosos com falsas denúncias de estupro para obter dinheiro
Investigações apontaram que trio obrigava vítimas a fazer compras e a realizar transferências bancárias. Elas estão presas desde novembro de 2020. Defesas vão recorrer.
A Justiça condenou, com penas de até 41 anos de detenção e multa, três mulheres que foram presas em novembro de 2020 por extorquir idosos na região de Ribeirão Preto (SP).
As investigações apontaram que elas comandavam um esquema que consistia em obrigar as vítimas a fazer compras no comércio e a realizar transferências bancárias mediante ameaças de agressão e falsas acusações de estupro.
Na decisão, a Justiça determinou que quatro vítimas sejam indenizadas pelas condenadas com valores que chegam a R$ 13 mil.
O trio foi preso no âmbito da Operação “Predadoras”, deflagrada por equipes da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) e da Delegacia de Investigações Gerais (DIG). As mulheres estão presas na Penitenciária Feminina de Guariba (SP).
As penas
Na decisão, proferida pela juíza Vanessa Aparecida Pereira Barbosa na última terça-feira (10), Letícia Roberta Gasparino foi condenada a 41 anos e três meses de prisão pelos crimes de extorsão e roubo.
Ela é acusada de abordar as vítimas e ameaçá-las de agressão e falsa acusação de estupro caso os idosos não transferissem valores para contas bancárias ou realizassem compras em favor dela.
Já Debora Viviane Canavez Baptista, segundo as investigações, era encarregada de transferir o dinheiro dos idosos para sua conta bancária, a fim de dividir os lucros com as demais integrantes. Ela foi condenada a 22 anos e 10 meses de prisão, pelo crime de extorsão.
Sâmia Vitória Canavez Baptista, por sua vez, é acusada de realizar o desbloqueio de cartão das vítimas e pegou nove anos e sete meses de detenção, também por extorsão.
As três foram enquadradas, ainda, no artigo 61, com agravante de terem cometido os crimes contra pessoas com mais de 60 anos.
Ainda de acordo com a decisão da juíza, elas devem cumprir as penas em regime fechado.
“Tendo em vista que as acusadas aguardaram ao julgamento recolhidas porque presentes os requisitos da prisão cautelar e persistindo a mesma situação, nego-lhes o direito de apelar em liberdade. Saliento que os crimes em questão são graves e abalaram a ordem pública, causando intranquilidade social”, diz a decisão.
O que dizem as acusadas
As três mulheres prestaram depoimento no âmbito das investigações e negaram os crimes. Segundo o inquérito, Letícia confirmou que realizava programas sexuais e disse que já chegou a pedir uma TV para um cliente como forma de pagamento. Porém, negou que tenha feito ameaças.
Débora alegou que forneceu uma máquina de cartão a Letícia, mas disse que foi apenas para receber uma dívida.
Por outro lado, Sâmia contou às autoridades que foi ao banco para desbloquear o cartão de uma vítima.
Os advogados de defesa das três mulheres afirmam que vão recorrer da decisão em primeira instância.
Extorsão das vítimas
Durante as investigações, ao menos quatro idosos foram identificados como vítimas do esquema. Dois deles confirmaram as ações, um não pôde prestar depoimento por dificuldades relacionadas à idade, enquanto o outro já faleceu.
As vítimas, de acordo com a Deic, geralmente eram pessoas entre 73 e 79 anos e os crimes começaram a ser praticados em 2018. Além de Ribeirão Preto, elas agiram em Sertãozinho (SP) e Barrinha (SP).
Em um dos casos, a vítima foi abordada no estacionamento de um supermercado em Ribeirão. Segundo a polícia, a mulher pediu ajuda a um idoso, dizendo que estava passando mal. Ao entrar no carro dele, ela passou a ameaçá-lo. Câmeras de segurança do estabelecimento resgistraram a abordagem.
Segundo a Polícia Civil, as investigadas contavam inclusive com máquinas de débito e obtiveram cerca de R$ 26 mil com os crimes, além de produtos eletrônicos.
Fonte: G1
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