GUAÍRA: Agricultores perdem safra de inverno por conta da maior estiagem desde 2014
Entre agosto de 2013 e março de 2014 foram registrados 979 milímetros de chuva. De agosto de 2020 até março de 2021, foram 815 milímetros. ‘É uma coisa gravíssima’, diz produtor de milho.
Agricultores de Guaíra (SP) vão perder a safra de inverno por conta da estiagem. Um acordo feito com a Prefeitura proibiu a irrigação da lavoura utilizando a água do Ribeirão do Jardim, principal fonte de abastecimento da cidade e que está secando pela falta de chuva.
Até então, a pior seca da história havia acontecido há sete anos, quando, entre agosto de 2013 e março de 2014, foram registrados 979 milímetros de precipitação, Neste ano, de agosto de 2020 até março, foram 815 milímetros. O ideal para o período é 1.400.
O agricultor Ivan Zacanella tem uma fazenda com cultivo de milho próximo ao Ribeirão do Jardim. Ele reconhece que a água é fundamental para a produção e admite que pode haver impacto no faturamento.
Segundo o acordo entre produtores e Prefeitura, desde abril havia um revezamento no uso do sistema de irrigação entre os outros agricultores. Mas, em julho, a prática foi proibida.
“Nós vamos sentir o impacto porque nós vivemos da agricultura. Toda a nossa receita vem daqui, para cumprir com nossas obrigações, nossas responsabilidades, saldar todos os débitos. Sai daqui. Não tendo isso, vai ter um impacto que vai ter que jogar para o ano que vem”, afirma.
No entanto, Zacanella reconhece que sofrer agora sem a safra do inverno pode trazer benefícios aos outros 42 mil moradores de Guaíra.
“Mesmo tendo um pouco de prejuízo, estamos atendendo a população. É uma coisa gravíssima. Eu moro na cidade, tenho família na cidade. Você imagina o que é abrir uma torneira e não sair água? Se acontecer isso nós vamos sentir na pele o tanto que é gravíssimo isso para a população. É dramático não ter água na sua casa para os seus bens”, diz.
Alto consumo
Dados do Departamento de Água de Guairá (Deagua), a população da cidade usa, em média, 300 litros de água por pessoa diariamente.
O valor é seis vezes maior do que o recomendado pela Organização Mundial de Saúde para não haver desperdício. O consumo também está acima da média nacional, de 187 litros por dia.
Os dados, segundo o prefeito em exercício, Edvaldo Donizete Morais (PSDB), são preocupantes e precisam ser diminuídos para que não falte água no município.
Para frear o consumo, a Prefeitura criou um Comitê de Gestão Pública com autoridades municipais e estaduais.
“A população, a partir de agora, precisa economizar água. Se a população colaborar, igual sempre colaborou, tenho certeza que a gente vai passar por essa fase difícil e não vai faltar água para ninguém”, afirma.
Fonte: G1
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