BARRETOS: Gerente de granja relata morte de mil galinhas por causa do calor intenso
Por conta das altas temperaturas, aves não conseguem fazer a troca de calor de forma natural, ficam estressadas e morrem, diz produtor. Queda na produção de ovos chega a 30%, estima.
O produtor de ovos Fábio Uehara disse que ao menos mil galinhas morreram na granja onde ele é gerente, em Barretos (SP), por conta da onda de calor que atinge o município desde o fim de setembro.
Nesta quarta-feira (7), os termômetros registraram temperatura mínima de 27ºC e máxima de 42,9ºC e a tendência é de aumento para os próximos dias, segundo a Somar Meteorologia. Outro problema é a umidade relativa do ar, que deve permanecer com níveis críticos, na casa dos 12%.
“Se a temperatura subir, automaticamente afeta a troca de calor da galinha, acaba afetando tudo e aumenta a mortalidade. Esse ano o calor está muito intenso, muito atípico e a gente está tendo problema quanto a isso”, afirma Uehara.
Prejuízo
Segundo ele, no calor, a galinha come menos e bebe mais água para poder se refrescar e fazer a troca de calor. No entanto, a mudança dos hábitos alimentares do animal afeta diretamente a produção dos ovos, como a qualidade da casca, que fica comprometida.
Além disso, nem todas as galinhas conseguem sobreviver às altas temperaturas no barracão. O ideal é de que os termômetros fiquem entre 24ºC e 28ºC no ambiente fechado, o que está longe de acontecer em Barretos, que deve registrar 42ºC entre quinta-feira (8) e sexta-feira (9), de acordo com a previsão dos meteorologistas.
Uehara explica que quando a temperatura da galinha se iguala à do ambiente ela não consegue perder calor de forma natural, fica estressada e morre. “É um perigo, porque ela não consegue fazer a troca de calor e acaba ocasionando um infarto”, diz.
O gerente estima queda de até 30% da produção com a perda das aves na última semana. Em condições normais de temperatura, as 75 mil galinhas da granja produzem 60 mil ovos por dia.
“Se a gente for colocar na ponta do lápis, [o prejuízo] é muito grande. Cada galinha que morre é praticamente um ovo a menos que você vai produzir. É um prejuízo enorme. Isso vai refletir em tudo. Na cadeia produtiva diminui a oferta e acaba afetando o consumidor sim”, explica.
Alternativa
Para conter e amenizar o calor, Uehara passou a “regar” os galpões onde as aves ficam, pois somente o controle de temperatura com os ventiladores em velocidade máxima não estava sendo suficiente.
Todos os dias, um funcionário da granja passa com um trator e vai jogando água com uma mangueira nas paredes do barracão para diminuir a sensação de abafamento.
“A gente tem que fazer alguma coisa para o ambiente ficar mais fresco e a gente está usando o trator para diminuir a temperatura interna do barracão. Começou a esquentar o tempo, eu começo a jogar água. Eu consigo segurar até oito graus”, diz Uehara.
Fonte: G1
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