REGIÃO: Polícia investiga morte de bebê após atestado de óbito apontar fratura de crânio
Menina de 3 meses chegou já sem vida à UPA Oeste de Ribeirão Preto. Segundo mãe, antes do laudo ser emitido, pai da criança, com quem ela passou o dia, disse que ela havia se engasgado com leite.
A Polícia Civil investiga as circunstâncias da morte de uma bebê de três meses em Ribeirão Preto (SP). No boletim de ocorrência registrado pela mãe da criança, consta que ela teria se engasgado com leite, segundo versão apresentada pelo pai. No entanto, o atestado de óbito consta que a menina morreu em razão de trauma e fratura no crânio.
A menina Sophia morreu na sexta-feira (15). A mãe da bebê, a faxineira Bruna Neris, conta que deixou a filha com o companheiro em casa no bairro Planalto Verde, por volta das 6h30, e saiu para o trabalho.
Por volta das 16h, ao retornar, Bruna diz ter encontrado a filha e o companheiro dormindo um ao lado do outro. Ao se aproximar da criança, percebeu sinais diferentes no corpo dela.
“Quando eu cheguei, já fui direto nela porque ela estava meio doentinha. Ele estava no chão dormindo e ela também. Quando eu cheguei perto, ela estava com a boquinha roxa, gelada e mole. Eu e ele ligamos para o resgate. O resgate tentou reanimar ela ali por uma hora e nada”, diz.
Segundo Bruna, o companheiro, que não é pai biológico da menina, mas a registrou como filha no cartório, disse que a bebê tinha se engasgado com leite, mas que ele havia conseguido contornar a situação e que os dois dormiram em seguida.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) levou a menina à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Oeste, mas ela já chegou sem vida ao local. A Polícia Militar acompanhou o socorro e orientou a mãe a registrar um boletim de ocorrência. O delegado de plantão determinou que o corpo fosse encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML).
Morte suspeita
Segundo Bruna, a versão dada pelo companheiro passou a ser suspeita depois que a família teve acesso ao atestado de óbito durante o velório no sábado (16). O documento consta que a menina morreu em razão de traumatismo craniano, fratura de crânio, politrauma e hemorragia aguda.
Ainda no velório, diante do atestado, Bruna diz ter questionado o companheiro se a filha tinha mesmo engasgado. Segundo ela, ele afirmou que a menina tinha caído.
“Ele falou para mim: ‘eu deixei a bebê cair, mas foi fatalidade, eu não quis deixar cair, ela escorregou’. Até o momento eu estava acreditando que ela tinha morrido engasgada, só que não foi. Ele deixou ela cair”, afirma.
De acordo com Bruna, enquanto ela estava no trabalho, o companheiro costumava ficar sozinho com a filha em casa. A faxineira tem outros três filhos, que não estavam no local no dia.
Um vídeo feito durante o velório mostra uma confusão entre familiares de Bruna e o rapaz. Pressionado, ele chega a dizer que a menina caiu, mas que ficou com medo de contar porque temia ser mal interpretado.
O corpo de Sophia foi enterrado no sábado em um cemitério de Bebedouro (SP). Desde então, Bruna e os filhos estão na casa de parentes na cidade vizinha a Ribeirão Preto.
O caso foi registrado como morte suspeita na Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Ribeirão Preto, mas a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) assumiu a investigação. O laudo do IML e outras diligências estão em andamento.
O companheiro de Bruna não foi localizado para comentar o assunto.
Fonte: G1
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