REGIÃO: Suspeito de ‘maturar’ e revender carne podre obtém liberdade provisória
Homem foi liberado após audiência de custódia nesta segunda-feira (27). Além dele, Polícia Civil investiga estabelecimentos que receberam produto impróprio para consumo.
O suspeito de “maturar” carne podre em um canavial e revender o produto em Sertãozinho (SP) obteve liberdade provisória nesta segunda-feira (27).
Preso em flagrante no sábado (25) com 130 quilos da mercadoria, o homem ganhou direito a permanecer solto enquanto responde por crime contra a economia popular, após a realização de uma audiência de custódia, segundo a Polícia Civil.
Além dele, dois suspeitos são investigados e procurados por participação no esquema. O delegado Rodrigo Pimentel Bortoletto também quer descobrir quais estabelecimentos compraram a carne e a serviram para clientes mesmo sabendo que era imprópria para consumo humano.
“A partir de agora vamos verificar se algum comércio adquiriu essa mercadoria dele sabedor que se tratava de algo ilícito e responsabilizar essas pessoas eventualmente por conta desse delito”, disse.
Carne podre ‘maturada’
O flagrante ocorreu na noite do último sábado (25), na zona rural de Sertãozinho. Uma equipe da Guarda Civil Municipal, que realizava patrulhamento em busca de uma moto furtada, flagrou o suspeito transportando quase cinco quilos de carne sem procedência.
A cerca de 400 metros dali, os guardas encontraram mais produtos estragados dispostos sobre molas de colchão, cobertos por lonas, em meio a galhos secos, moscas e outros insetos. Em um vídeo gravado pela GCM, o homem confessou o crime.
“A viatura, notando o comportamento suspeito do elemento, fez a abordagem e verificou que na caixa tinha algumas peças de carne, e indagou a procedência dessas carnes para o suspeito. Ele, imediatamente, falou que era uma carne que tinha ganhado. O pessoal não acreditou na história e continuou a indagá-lo até que ele confessou que era uma carne que ele curtia, fazia carne seca e revendia”, afirma Thiago Carvalho dos Santos, comandante da GCM em Sertãozinho.
O homem explicou que a carne era salgada sobre papelões e estruturas de arame, e depois revendida a mercearias e bares na periferia de Sertãozinho por cerca de R$ 5 o quilo. Outros dois, pai e filho, também fazem parte do esquema, segundo ele.
Segundo o guarda civil Claudemir Roberto Aurélio, a quantidade de carne pode ser muito maior, porque outras estruturas suspeitas foram encontradas no canavial. “Ele chegava, espalhava nessa estrutura que a gente está vendo e aí deixava por vários dias”, conta.
Fonte: G1
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