REGIÃO: Mãe suspeita de agredir filha bebê com mordida pela 2ª vez deixa prisão
Justiça impôs cumprimento de medidas cautelares à mulher. Marido dela, suspeito de violência doméstica, será mantido preso. Bebê teve alta do HC e deverá ir para acolhimento emergencial.
A Justiça libertou a mãe suspeita de morder o rosto da filha de um ano e seis meses em Ribeirão Preto (SP). A mulher, de 24 anos, havia sido presa na quarta-feira (25) por maus-tratos e lesão corporal. É a segunda vez que ela é investigada pela prática.
Segundo a Polícia Militar, ela teria agredido a criança durante uma briga, quando apanhou do marido e do cunhado em uma casa no bairro Ipiranga, zona Norte da cidade.
O companheiro dela, de 23 anos, foi preso em flagrante por violência doméstica. Ele teve a prisão convertida em preventiva.
O irmão dele pagou fiança na quarta-feira e responderá o inquérito em liberdade.
A bebê foi levada ao Hospital das Clínicas (HC) e deixou a enfermagem nesta sexta-feira (27). De acordo com o Conselho Tutelar, ela será acolhida de forma emergencial até que a Justiça decida sobre a guarda.
Agressões e prisões
A mulher e os dois homens foram presos na quarta-feira após vizinhos chamarem a polícia para uma ocorrência de briga.
De acordo com a PM, ao chegarem ao imóvel, os policiais encontraram os três adultos e a bebê, que estava com uma mancha roxa no rosto.
O marido e a mulher teriam passado a noite consumindo drogas, o que pode explicar a motivação para as agressões, segundo a PM. O casal tem histórico de brigas, de acordo com o Conselho Tutelar.
Os três foram levados à Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), onde a delegada responsável, Patrícia de Mariani Buldo, determinou as prisões. O tio da criança, no entanto, pagou fiança e foi liberado.
Na quinta-feira (26), o casal passou por audiência de custódia no Fórum de Ribeirão Preto. A mulher foi solta, mas deve cumprir medidas cautelares, enquanto o pai da bebê foi mantido preso.
De acordo com o conselheiro tutelar João Manoel Belém de Almeida, após ser colocada em liberdade, a mãe entrou em contato para reaver a filha. Até que a Justiça decida com quem a bebê deve ficar, o órgão fará um acolhimento emergencial.
“No ano passado, ela foi presa por esse mesmo motivo. Só que a Justiça soltou porque não foi provado que ela havia mordido a criança. Naquela época, não havia nada contra ela e o Conselho Tutelar não pode impedir o direito ao convívio com a criança. Dessa vez, estamos tentando acolher essa criança, para que o juiz da Infância possa definir se ela vai ficar com a mãe, ou não, com a avó materna”.
A criança passou por exame de corpo de delito.
Fonte: G1
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