GUAÍRA: Polícia Civil investiga queda de estrutura de palco que deixou homem ferido

Personal trainer, de 31 anos, segue hospitalizado e ainda não consegue movimentar as pernas. Organizadores de festa e responsáveis por montagem são suspeitos de lesão corporal culposa.

A Polícia Civil investiga a queda da estrutura de um palco que deixou um personal trainer ferido durante uma festa em Guaíra (SP). Fabrício Henrique Taveira, de 31 anos, sofreu uma lesão na coluna, que afeta o movimento das pernas, e segue em um hospital em Ribeirão Preto (SP).

Segundo apuração, os organizadores do evento “Pagodeando” e os responsáveis pela montagem da estrutura são investigados por eventual crime de lesão corporal culposa, ou seja, sem a intenção de ferir a vítima.

O Grêmio Recreativo e Esportivo Colorado, onde aconteceu a festa, informou que apenas alugou o espaço. O organizador do “Pagodeando”, Murilo Will, não se manifestou até a publicação desta matéria.

O acidente ocorreu na madrugada do último domingo (8). Fabrício acompanhava a namorada, a personal trainer Daniela Moisés, que também é DJ e se apresentava no evento. O rapaz estava sentado no fundo do palco, quando a estrutura de iluminação caiu sobre ele.

“Era pra eu tocar 1h, mas como atrasou o show, eu entrei às 4h30. Meu namorado estava sentado em cima do palco, atrás tinha uma treliça em forma de gol. Na hora que eu senti o vento, parei de tocar, olhei para trás e vi a movimentação”, relembra Daniela.

A DJ afirma que a estrutura de ferro não estava fixada, mas só apoiada no palco. Ainda de acordo com Daniela, algumas enfermeiras que participavam da festa realizaram os primeiros socorros no namorado, isolando o local até a chegada de uma ambulância.

“Não teve ambulância no evento, não teve equipe médica. Acho que os seguranças têm curso de bombeiro, mas, ambulância não tinha, nem equipe médica. Colocaram uma banda na minha frente, se não fosse ele, ia ser a banda”, relata.

Fabrício foi levado à Santa Casa de Barretos (SP) e depois ao hospital em Ribeirão Preto, onde foi submetido a uma cirurgia. O personal relembra dos momentos de tensão durante o socorro ainda no evento, no Grêmio Recreativo e Esportivo Colorado.

“Teve uma confusão, muita gente querendo tirar a treliça sobre mim, eu pedi para ninguém mexer. Tinha umas enfermeiras que me ajudaram bastante, tinha gente falando que a treliça já tinha caído várias vezes no dia anterior, na noite anterior”, diz.

O personal conta que ainda não consegue movimentar as pernas, mas, segundo os médicos, isso não significa que a lesão seja definitiva. A família está buscando doações e realizando campanhas para custear o tratamento a partir de agora.

“Não é o fim da vida, a gente consegue vencer. De uma forma, ou de outra, a gente vence, não é por uma limitação. Não estou aceitando a situação, eu estou em um estado que não estou andando, mas tenho fé em Deus que vou conseguir voltar a andar”, diz.

Fonte: G1