REGIÃO: Quadrilha presa em operação participou de ao menos seis ataques na região

Polícia Federal aponta indícios de os mesmos integrantes terem arquitetado o ataque frustrado à empresa de valores Brinks

As três pessoas presas em Franca e Ribeirão Preto, na manhã desta quinta-feira (27), durante a Operação Fogo Amigo, integravam uma quadrilha suspeita de ter comandado ao menos seis ataques contra agências bancárias e carros-fortes na região. A tentativa de explosão à Brinks, em outubro de 2018, seria uma delas.

As informações foram confirmadas, em coletiva de imprensa, pelos delegados da Polícia Federal Marcelo Xavier e André Vieira.

De acordo com as autoridades, o prejuízo arcado pelos bandidos, depois que o roubo à transportadora de valores foi frustrado, fez com que o grupo pecasse no planejamento das ações seguintes. A investigação, porém, só foi iniciada após o prédio da Caixa, em Frutal (MG), ser arrombado.

“Trata-se de uma quadrilha muito bem estruturada, com núcleos em várias cidades, mas a pressa para compensar o prejuízo obtido nos norteou nas suspeitas […]. Outros dois integrantes, que já estão presos no sistema penitenciário de São Paulo, também eram alvos da operação”, explica Vieira.

Ao todo, foram 32 mandados judiciais expedidos pela 4ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Uberaba, sendo 10 prisões preventivas, 17 buscas e apreensões e 15 ordens diversas. As diligências foram cumpridas em Ribeirão, Franca e Pedregulho.

Diversos documentos, celulares e computadores também foram apreendidos nas residências dos investigados e serão enviados para análise pericial. A expectativa da PF é que os materiais apontem novos envolvidos nos crimes. Não há informações do montante de dinheiro roubado pelo grupo.

Além disso, o delegado responsável não descarta a possibilidade de parte da quadrilha estar envolvida no ataque registrado na madrugada desta quinta-feira (27), em uma agência do Banco do Brasil, em Uberaba (MG).

Duas pessoas foram baleadas na ação e um funcionário feito refém por pelo menos 25 homens encapuzados. Eles chegaram a trocar tiros com a Polícia Militar.

Prisão

Na coletiva, as autoridades confirmaram que o trio preso na Fogo Amigo foi encaminhado para a Penitenciária de Uberaba e deve responder por roubo, associação criminosa e latrocínio. O último crime é referente à morte de uma empresária, de 42 anos, na ação de Frutal.

À época, os criminosos a balearam na tentativa de roubar um carro. O veículo dela seria usado na fuga da quadrilha.

Já o nome da operação foi dado em referência ao disparo de arma de fogo realizado por um dos bandidos contra o próprio comparsa na ação. O erro fez com que dois morressem e três fossem detidos pela PM posteriormente.

“Vamos analisar os desdobramentos dessas prisões, que só foram possíveis devido ao trabalho conjunto das Polícias Federal, Civil e Militar dos Estados de Minas Gerais e São Paulo, e realizar novas oitivas. Existe a possibilidade de mais pessoas serem presas ainda”, conclui o delegado Marcelo Xavier.

Fonte: acidadeon.com