BARRETOS: Policia Militar desmantela “tribunal do crime”, salva duas pessoas que seriam executadas e prende outros nove por sequestro
25 de julho de 2018 7428 Visualizações

BARRETOS: Policia Militar desmantela “tribunal do crime”, salva duas pessoas que seriam executadas e prende outros nove por sequestro

A Polícia Militar prendeu em uma chácara na cidade de Barretos nove pessoas pelo crime de sequestro e cárcere privado, desmantelando um “tribunal do crime”, onde duas pessoas, um homem e uma mulher, seriam executados depois do “julgamento”, segundo afirmação de uma das vítimas.

Tudo teve início no período da tarde, quando Policiais Militares realizavam treinamentos físicos no 33º Batalhão PM, e então começaram a receber denúncias de que naquele momento estava sendo montado um “tribunal do crime” onde duas pessoas seriam executadas.

Sabendo que precisavam correr contra o tempo a fim de evitar as execuções, as equipes da Força Tática e Canil, se deslocaram para a “Estrada Boiadeira”, sendo realizado um cerco com algumas viaturas que adentraram por uma extremidade que dá acesso a chácara onde os envolvidos se encontravam, enquanto que outras viaturas foram pela outra extremidade, e em determinado momento a equipe do sargento Uewerton se deparou com um veículo Monza, com placas do estado do Paraná, o qual era ocupado pelos indiciados S.R.G.C., 38 anos, vulgo “Juruna”, que conduzia o veículo, S.A.G. mulher, 21 anos, V.C.S., mulher, 34 anos, vulgo “Vamp” e A.S.C., 30 anos, vulgo “Neguinho”, os quais ao serem indagados informaram que estavam na chácara do “Waguinho”, almoçando e conversando com outras pessoas.

Instantes depois chegou ao local um veículo Gol, branco, conduzido pelo W.S.G., 37 anos, vulgo “Waguinho”, que também foi abordado e ao ser indagado se também estaria pela chácara, ele respondeu que a propriedade era dele, porém, havia alugado o imóvel para aquelas pessoas pelo período de quatro dias, cobrando o valor de R$100,00 por dia, acrescentando que só compareceu a chácara para tratar das criações, estando ele acompanhado pelo seu filho, uma criança de três anos, que foi entregue a mãe.

Pela outra extremidade da estrada que dá acesso a chácara, a equipe do sargento Almeida abordou um veículo Fox, o qual estava sendo ocupado pelos indiciados A.O.A., 38 anos, vulgo “Biro-Biro”, D.A.C., 20 anos, vulgo “Branquinho”, D.A.R., 25 anos e R.N.F., 26 anos, vulgo “Picachu”, que traziam as vítimas G.B.S., 29 anos e sua cunhada P.M.C.G., 40 anos.

Questionados, todos informaram que estavam na chácara, almoçando e haviam se encontrado para conversar entre si, ocasião em que os Militares resolveram ir até a chácara para realizarem diligencias no local e durante as buscas pelo interior da referida chácara foram localizados três notebooks, uma espingarda de pressão, um televisor de 43 polegadas e outro de 55 polegadas, além de três controlas remotos, que estavam no interior do imóvel.

O dono da chácara, “Waguinho”, ao ser questionado sobre a procedência daqueles objetos, informou que não sabia de suas procedências, uma vez que ele havia alugado a chácara para os indiciados.

Ele também apresentava escoriações pelo corpo, e ao ser indagado sobre isso, alegou que havia caído, não apresentando mais explicações sobre isso.

Também foram apreendidos oito aparelhos celulares que pertenciam aos indiciados para serem periciados e objetos de investigações.

Ocorre que já quase no término das diligências, quando os Militares se preparavam para deixa o local, o caso apresentou uma mudança brusca, pois a vítima G.B.S., homem, 29 anos, chamou os policiais, pedindo para falar em local separado, longe dos demais abordados.

Os policiais perceberam que ele se encontrava apreensivo e foram lhe acalmando, colocando-se a disposição para o esclarecimento dos fatos, e diante disso a vítima confessou que ele e sua cunhada, P.M.C.G., 40 anos, haviam sido sequestrados há dois dias e que os policiais não deveriam liberar os nove detidos, pois se ocorresse a liberação deles, ele e a cunhada seriam mortos, pois estavam sendo levados para um local onde seria cumprida a sentença de morte, onde eles deveriam apanhar muito, ter braços e pernas quebrados e depois seriam executados.

Imediatamente todos os acusados receberam voz de prisão e foram levados para o Plantão Policial, junto com os objetos apreendidos e os carros que estavam utilizando.

Em razão da periculosidade dos indiciados, que segundo denúncias, pertencem a uma facção criminosa, Policiais Civis e Militares, trabalharam durante toda a noite para que todas as providencias fossem tomadas.

O delegado, Dr. Edson Winning, ratificou todas as prisões, determinando que todos permanecessem presos a disposição da Justiça, sendo eles no dia seguinte, encaminhados ao Fórum de Barretos, em Audiência de Custódia, onde novamente foi realizado um forte esquema de segurança por parte dos Policiais Militares e Civis, a fim de garantir a segurança.

Todos os veículos utilizados pelos indiciados foram apreendidos administrativamente por estarem com o Licenciamento atrasado.

Atuaram no caso Militares, sargentos Uewerton, Filgueira e Almeida, cabos, Araújo, Diógenes, Adriano, Duarte Junior, Santana, Ederson, Joaquim e Ednilson e soldados Juarez, Vieira e Borges, além dos civis, Ertan, Humberto e delegado, Edson Winning.

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