BARRETOS: Mãe abandona menino de dois anos com fralda, coberta e uma vasilha de miojo em casa abandonada na Avenida 47

A comerciante Tais Cristina, 27 anos e o comerciante Marcelo, 48 anos, estiveram na delegacia informando que eles são padrinhos de um garotinho de dois anos de idade, filho da indiciada C.F.O.M., 18 anos.

De acordo com os declarantes, no dia 8/12, a indiciada foi até a residência deles buscar a criança, afirmando ter “arrumado” uma babá para cuidar do menino, e então a comerciante levou a criança e a indiciada até uma boate instalada na Avenida Olímpia, local onde a indiciada trabalhava, tendo ela alegado que a mãe do dono da boate iria cuidar da criança.

Posteriormente, no dia 11/12, os declarantes viram a indiciada na casa de seu namorado, no bairro Nadir Kenan, onde conversaram com o namorado dela e ele informou que a criança estava com uma babá, e o casal, acreditando nesta versão, foram embora.

Já no sábado, dia 16/12, o comerciante Marcelo foi até uma outra
boate onde a indiciada trabalhava, localizada na Rua 46, bairro Alvorada, e ali ele indagou a dona da boate sobre o paradeiro da criança e da indiciada, sendo informado pela mulher que ela não tinha notícias da indiciada, mas que a criança estava com a testemunha M.C.J., uma mulher moradora na Rua 44, bairro Alvorada.

O comerciante então foi até a casa da senhora M.C.J., onde constatou que realmente a criança estava aos cuidados dela, sendo muito bem tratada,   e foi informado pela testemunha que ela tentou entrar em contato com o comerciante, mas não obteve êxito, e além disso ela também informou que na sexta-feira, dia 08/12, a indiciada estava com a criança e com três indivíduos não identificados, e ela andou com a criança juntamente com estes três indivíduos pelas mediações de um restaurante na Avenida dos Coqueiros, e ali ela colocou a criança para dormir em uma grama lá existente e depois eles se dirigiram a um bar, localizado no bairro Jockey Clube, onde ela deixou a criança dormindo no interior de um carro que, inclusive, estava fechado.

Depois disso eles foram para a Avenida 47 e neste local um dos indivíduos que acompanhava a indiciada perguntou para ela o que eles iriam fazer com a criança, ocasião em que a indiciada disse que era para deixar a criança em uma casa abandonada, ali mesmo na Avenida 47.

A criança foi deixada nesta casa abandonada de fralda e somente com uma cobertinha lhe cobrindo, sendo ainda deixada uma vasilha pequena, com miojo, ao seu lado.

Em determinado momento a indiciada chamou a testemunha M.C.J., e disse: “Vem cá para você ver como está o meu filho”.

Em seguida ela disse para a testemunha que iria deixar a criança naquela casa abandonada e que se a testemunha quisesse poderia pegar a criança e levar para sua casa.

Ao terminar de dizer isso a indicada foi embora deixando a criança com a testemunha, que pegou o menino e cuidou dele até o dia 16/12, quando então os comerciantes padrinhos tomaram conhecimentos dos fatos e pegaram o menino para cuidarem.

Por fim, foi dito pelo casal que que no dia 16 eles acionaram uma viatura da Polícia Militar e estes acionaram o Conselho Tutelar, e na ocasião a conselheira Rosangela autorizou que a criança ficasse aos cuidados dos padrinhos e que a indiciada é garota de programa e usuária de entorpecentes e que no dia em que ela deixou a criança com a testemunha ela estava sob efeitos do uso de entorpecentes.